Eu Amo Você
namoro, noivado, casamento & sexo
Jaime Kemp
índice
Prefácio
7
1. Era uma
vez...
11
2. Que sociedade...? Que
harmonia...? Que união...? 25
3. Namoro a três!
37
4. Sexo...por que esperar até o
casamento? 47 3. O que os pais têm
a ver com o meu namoro? 59
6. Sexo do ponto de vista de Deus 71
7. O que fazer com os impulsos
sexuais? 99
5. Amor ou paixão? 119
9. "Lua-de-mel" ou
"lua-de-fel" 139
10. Masturbação: pecado ou não? 159 11. Homossexualismo e Lesbianismo 179
Até onde eu posso ir com as carícias
no meu namoro?" — pergunta o interessado e evidentemente comprometido
adolescente, ao preletor, diante de um grupo de mais de quinhentos jovens.
Estes, pela expressão de seus rostos, bebem cada palavra da palestra e, com
igual interesse, aguardam a resposta que o preletor dará à questão — que, na
realidade, todos querem fazer mas que a maioria se sente constrangida de
formular,
"Até onde, pastor?
Existem limites? Quais são eles? Quem os estabelece?" — insiste o
rapazinho, cuja namorada se esforça para esconder a inquietação e a vergonha
pela insistência do companheiro em expor publicamente as dúvidas e
desassossegos de ambos. Certamente ela preferiria que ele ficasse quieto ou
que, pelo menos, fizesse suas perguntas ao pastor, depois, em particular. O
pastor não se apressa em responder. Deixa a turma bem à vontade e brinca com o
rapaz: — "Já sei que você gosta de andar bem na beira do precipício, heim? Você quer saber os
limites para poder andar bem em cima deles, não é mesmo?!"
Todos riem, até o jovem, e a
palestra continua neste clima de descontração onde, brincando, vai-se falando
sério. Jogando uma piada aqui, outra acolá, vai-se lançando os princípios
eternos, sérios e imutáveis da Palavra de Deus. Conversando-se pessoalmente nos
intervalos das palestras vai-se tirando dúvidas, esclarecendo-se incertezas,
consolando os desanimados c levantando os fracos. É difícil pensar em outra
área da vida cristã, pelo menos entre os jovens, que tenha tantas incertezas,
desânimos, fraquezas e quedas, quanto o namoro.
Foi sentindo essa necessidade
que este livro foi escrito. Ele nasceu no meio dos jovens. Suas letras, linhas
e páginas carregam mais de trinta anos de convivência com um incontável número
de jovens nos quatro cantos do país. É isso mesmo — ele nasceu no Brasil.
Embora seu autor seja norte-americano, o coração deste livro, assim como o do
autor, são brasileiros. Ambos são queimados pela geada e ventos frios de
Santana do Livramento, Santa Maria e Pelotas. São marcados pelas estradas de Itajaí,
Joinville, Florianópolis e dos estados do Paraná, São Paulo, Rio, e subindo por
aí a fora...
Talvez a sua história e o seu
coração também estejam aqui. Mais do que isso, porém, este livro nasceu no
propósito amoroso de um Deus pessoal. Talvez essa seja sua maior virtude: ter
sido escrito por um grande pecador, redimido por um grande Deus. Mas, este
livro foi mesmo iniciado quando Deus principiou a escrever a história de um
moço que, aos dezoito anos, com padrões de conduta moral e namoro totalmente
desvirtuados, foi alcançado pela misericórdia de um Deus amoroso e pessoal.
E esse Deus, com tão grande
amor, foi transformando a mente, o coração, as atitudes c os propósitos deste
jovem a ponto de fazê-lo "Embaixador de Cristo" a outros povos (cargo
mais honroso que alguém pode jamais aspirar). Fez dele, um moço consagrado, um
marido fiel, um pai amoroso e sensível. Por isso é fácil perceber que este
livro começou no coração de Deus. Foi Ele quem chamou o Jaime. Foi Ele quem o
deu (pelo menos por um tempo) ao ministério no Brasil. Foi Ele quem transformou
o Jaime e tem transformado tantos outros, através das palestras que hoje se
transformam neste livro, para seu proveito, amado leitor, e para a glória de
Deus. E com muita alegria que o
recomendo. Aleluia!
Guilherme Kerr Neto
Agrada-te do Senhor, e ele
satisfará aos desejos do teu coração." ( Salino 37.4 )
Em 2 de junho de 1963, um lindo dia de sol, em Los
Angeles, Califórnia, eu me formava, na faculdade "BIOLA", após árduos
anos de estudos. Aquele dia, por duas razões, ficaria marcado como muito
significativo em minha vida. Primeiro, porque eu conseguira terminar o meu
curso e, depois, porque precisava me despedir de Maria Rute, uma linda garota
com quem eu estava namorando. Maria Rute, uma gatinha de cabelos castanhos e
olhos azuis, estava no 2o ano da faculdade e cantava no nosso
conjunto. Eu estava totalmente apaixonado ou, como dizem os jovens,
"vidrado" nela. Mas, Maria Rute sentia que Deus a estava dirigindo
para trabalhar num acampamento de jovens naquele verão, entre os meses de junho
e agosto, e eu havia decidido trabalhar com meu pai, um construtor de casas, no
norte da Califórnia.
A despedida, naquele dia, ao
mesmo tempo feliz e triste, foi bem difícil para nós. Estávamos namorando há um
ano e durante esse tempo, cantávamos no mesmo grupo, orávamos c nos divertíamos
juntos. A dificuldade aumentava porque não sabíamos quando iríamos nos
encontrar de novo, pois, embora ela fosse continuar seu curso em Los Angeles,
eu estava decidido a fazer pós-graduação em Portland, no estado de Oregon. Por
isso comprometemo-nos a seguir com nossos planos individuais mas a nos escrever
fielmente.
De fato, durante o primeiro
mês de nossa separação, recebi de Maria Rute quase que uma carta por dia, e eu,
às vezes, lhe escrevia até duas vezes por dia. Eu estava tão apaixonado que
costumava colocar aquelas cartas debaixo do meu travesseiro.
Com o passar dos meses, porém,
as cartas foram diminuindo e eu comecei a ficar apavorado. "O que estará
acontecendo? Será que ela achou outro sujeito mais bonito? (o que não seria
nada difícil)". Essas e outras perguntas bombardeavam a minha mente:
"Será que posso ter certeza
Era uma vez...
de que Deus não vai 'dar
mancada' comigo? Será que Deus está interessado em meu namoro?" —
perguntava a mim mesmo...Comecei a orar a Deus: "Senhor, tu sabes o quanto
quero a Tua vontade, mas Senhor, que a Tua vontade seja ela para mim!".
Você também já orou assim:
"Senhor, que a Tua vontade seja ele(a), ou aquela faculdade,
aquele carro?". Ou seja, comecei a fazer chantagem com o Senhor.
Dizia: "Se o Senhor 'quebrar o galho' para mim, eu faço isso, faço aquilo,
etc". Fiz o que, infelizmente, muitas vezes fazemos — comecei a prometer o
que nunca poderia cumprir. Enquanto pedia a vontade d'Ele, queria também a
minha. Será que você já fez isso alguma vez na vida? Fazemos nossos planos e
pedimos a autenticação de Deus nos mesmos.
Como foi difícil para mim
entregar o namoro nas mãos de Deus e confiar no "Deus da minha
Salvação"! Parece que com todos os jovens é a mesma coisa: entregar toda a
vida, todo o futuro é até certo ponto, fácil, mas o namoro, "ah, isto é
outra coisa!".
Bem, nessa minha angústia em
querer a vontade de Deus e, também, Maria Rute, Deus me deu um versículo muito
precioso:
"Agrada-te do Senhor, e
ele satisfará aos desejos do teu coração." (Salmo 37.4)
E quais eram os desejos do meu
coração? Eu vou lhe dizer: uma linda moça de cabelos castanhos e olhos azuis
chamada Maria Rute! Mas, houve uma semana em que não recebi nenhuma carta dela.
Tenso, resolvi fazer-lhe um interurbano. Com bastante dificuldade, conseguimos
conversar e logo percebi que algo estava acontecendo e que o nosso
relacionamento estava esfriando. Depois de mais ou menos 15 minutos de conversa,
o Senhor voltou a falar ao meu coração: "Jaime, agrada-te do Senhor, põe
em primeiro lugar o meu Reino e minha justiça, e todas as outras coisas te
serão acrescentadas...". Mas será que eu posso confiar? Será que Deus não
vai falhar?
Eu ouvia o diabo cochichando
ao meu ouvido: "Deus não é bom, Deus não é fiel, Ele gosta de tirar as
coisas boas de você!". Uma semana depois comecei a desenvolver certa
rebeldia. Nunca cheguei a dizer que eu estava chateado com Deus mas creio que
sentia isso no coração. Pensei que Ele havia-me abandonado. Quando esses
pensamentos atingiram seu clímax, eu recebi uma carta de Maria Rute. Eu estava com medo de abri-la, medode saber
algo da vontade de Deus para a minha vida. Antes de abrir o envelope, comecei
de novo a fazer chantagem com Deus, imaginando que isso mudaria magicamente o
conteúdo da carta.
O primeiro parágrafo era
aquela saudação de praxe. Quando cheguei à segunda sentença do segundo
parágrafo, meus olhos caíram sobre as palavras: "eu sinto que é da vontade
de Deus que desmanchemos o namoro". Naquela hora eu tive vontade de
chorar, e chorei mesmo. Eu estava mais chateado com Deus do que com Maria Rute.
Comecei a perguntar a Deus: "Como o Senhor fez uma coisa dessas comigo? Nós não fizemos um trato?"
Eu estava tão triste que até
pensei em desistir de ser missionário achando que, com isto, Deus
reconsideraria o que havia feito...Esta briga durou mais ou menos duas semanas.
Um dia recebi uma carta da mãe de Maria Rute. Ela ficara sabendo o que havia
acontecido e me escreveu. Não lembro o que ela falou na carta, mas recordo até
hoje de uma poesia que ela mandou dentro do envelope. Essa poesia descrevia a
nossa vida como uma série de portas diante de nós. Cada passo que nós damos nos
deixa diante de uma dessas portas e o Senhor nos dá a chave para que possamos
abri-la. A pessoa com quem vamos nos
casar é uma das portas mais importantes da nossa vida e, na hora certa, com a
pessoa escolhida por Deus, Ele vai dar a chave para que nós mesmos possamos
abri-la.
Em setembro daquele ano,
ingressei numa faculdade teológica na cidade de Portland. Aquela altura eu já
tinha esfriado um pouco a "cuca" e percebi que havia pensado e falado
muita bobagem sobre o Senhor. Nos primeiros dois anos, dediquei-me aos estudos
e quase não namorei. Então, a imagem de uma moça com olhos azuis e cabelos
castanhos começou a desvanecer em minha mente e, embora não tivesse recebido
mais nenhuma notícia dela, sentia que ainda existia uma pequena chama acesa em
meu coração,.
Durante meus anos de seminário
eu pastoreei uma igreja na cidade onde estudava. A igreja, juntamente com os
estudos, tomava todo o meu tempo e me ajudou a esquecer a "gatinha"
do passado. De vez em quando, o Senhor voltava a cochichar ao meu ouvido: "Agrada-te
do Senhor, e ele satisfará aos desejos do teu coração".
Eu nem imaginava que, naquela
época, em Portland, existia uma moça com 21 anos de idade, loira, de olhos
verdes, chamada Judith. Essa moça estava no último ano da faculdade de
enfermagem. Quando ela tinha 12 anos de
idade, num acampamento de jovens, entregou a sua vida a Jesus para ser uma
missionária. E, então, lá estava ela, 9 anos depois, morando no internato e
orando assim: "Senhor, Tu conheces o meu coração, Tu sabes que eu estou
pronta para ir ao campo missionário sozinha, mas se o Senhor quiser mandar um
missionário comigo, por favor, mande-o".
E eu, no outro lado da cidade,
pastoreando a minha igreja, estudando os meus livros, tentando entregar
diariamente os meus sentimentos e desejos ao Senhor, orava: "Senhor, Tu
conheces o meu coração, Tu sabes que eu estou pronto para ir ao campo
missionário sozinho, mas se o Senhor quiser mandar uma missionária comigo, por
favor, mande-a".
E o meu Deus, ouvindo a oração
de uma moça, com medo de ficar "solteirinha da silva", e de um rapaz,
com medo de ser mandado sozinho para a selva, na África, estava ouvindo aquelas
orações e ajeitando tudo...
Eu gosto muito de pensar no
caso de Adão e Eva. A Bíblia nos diz que Adão estava sozinho lá no jardim,
entre tudo o que Deus havia criado, mas "não se achava uma auxiliadora
que lhe fosse idônea". É importante notar que foi Deus quem
disse: "não é bom que o homem
esteja só, far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea". Deus tomou
a iniciativa na vida de Adão e ele quer tomar a iniciativa na sua vida também,
amigo. A Bíblia relata: "Então o Senhor Deus fez cair pesado sono sobre
o homem e este adormeceu : tomou uma das suas costelas, e fechou o lugar com
carne, e a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher
e lha trouxe".
Adão dormiu, enquanto Deus fez
a primeira operação cirúrgica da História. É importante notar que, enquanto
Adão descansava — literalmente dormia na vontade do Senhor — Deus preparava a
sua futura esposa. E que mulher Ele preparava...! Miss Universo! Tinha que ser,
afinal, era a única mulher no mundo.
Jovem, você está dormindo na
vontade de Deus? Na hora "H" você duvida da promessa de Deus? Deus
sabe o que é melhor para você. Ele o criou, e o salvou e sabe quais são todos
os seus desejos mais íntimos. Por que, então, você não descansa num Deus de tão
profundo conhecimento?
Mas, voltando à minha
história, certa noite eu estava pregando na minha igreja e no meio da mensagem,
olhei para a entrada da igreja e "tchan-tchan-tchan!" ... Aquela linda
loira, de olhos verdes, que não queria ir para o campo missionário sozinha,
estava visitando a minha igreja. Aquele foi meu primeiro contato com Judith.
Naquela época ela estava namorando outro rapaz. Ele era crente, mas não tinha
nenhum desejo de servir ao Senhor como missionário, então, um certo dia Judith
desmanchou o namoro e eu aproveitei a oportunidade.
Dois meses depois,
precisamente, na noite do dia 2 de dezembro de 1964, nós nos conhecemos melhor.
Ah, que noite inesquecível aquela! Se estou bem lembrado, era uma quarta-feira.
Fui para o meu quarto no internato do seminário não podendo pensar em outra
coisa a não ser numa loirinha que, aos poucos, entrava em minha vida.
Na sexta-feira, um colega meu,
casado, ao qual eu havia contado tudo sobre ela, sugeriu que eu telefonasse à
Judith, convidando-a para ir a um concerto musical na cidade. Achei uma ótima
sugestão! Mas havia um problema: eu estava sem coragem para convidá-la. Depois
de pensar muito sobre aquilo, resolvi acreditar na filosofia: "quem não
arrisca, não petisca."
Assim, à noite, eu disquei
para o internato onde ela morava. Enquanto ela estava sendo chamada, meu
coração palpitava tanto que pensei que iria saltar fora, Quando, enfim, ela
falou "alô?", eu quase estava sem jeito de falar, mas me enchi de
coragem e perguntei: "Haverá um concerto musical na cidade amanhã à noite,
você não gostaria de ir comigo?". Ela disse alegremente: "Jaime, eu
gostaria muito!". Espero que ela não tenha ouvido os meus joelhos batendo
um no outro. Também convidei-a para jantar comigo e marcamos o horário. Tudo combinado!
No sábado acordei cedo. Saí
para lavar meu chevrolet. Deixei-o brilhando e todo perfumado por dentro. Fiz
reserva no melhor restaurante na cidade, uma churrascaria fabulosa! Tomei
banho, coloquei a melhor roupa, engraxei meus sapatos e lá fui eu apanhar minha
gata .
Cheguei ao internato em cima
da hora. Queria que a primeira impressão fosse perfeita. Então ela chegou logo
e nos cumprimentamos. Não pense que eu a beijei, não! Fomos caminhando para o
carro e eu, como cavalheiro, abri a porta para Judith. Uma vez no carro, enfiei
a chave no contato, e nesse momentos começou uma luta dentro de mim. Durou
somente alguns segundos, mas eu havia pensado seriamente sobre os princípios e
propósitos de Deus em relação à minha vida de namoro, e eu queria um namoro
completamente cristão.
Senti que Deus queria que eu
orasse com ela, mas pensei: "Será que ela vai achar que sou um fanático
religioso? O que ela vai pensar?". Decidi ficar firme no propósito que Deus
havia colocado no meu coração. Olhei para Judith meio sem jeito e perguntei:
"Você não gostaria de orar comigo, antes da gente sair?". Ela disse:
"Sim, vamos". Na minha oração convidei o Senhor Jesus para participar
conosco das atividades daquela noite.
Comemos o delicioso churrasco
daquele restaurante e fomos para o local do show. Lá encontramos nossos amigos
e, depois do concerto, escolhi a melhor sorveteria na grande cidade de
Portland. Gastei uma "grana" naquela noite, especialmente considerando
que eu era um seminarista " duro". Minha esposa sempre fala:
"Desde aquele dia você nunca mais gastou tanto dinheiro comigo". Bem,
voltamos mais ou menos à meia-noite, e nos despedimos.
Isso aconteceu em 5 de
dezembro de 1964. Ficamos noivos no dia 8 de junho de 1965. Ela estava com 21
anos de idade e eu com 25. O dia mais importante das nossas vidas, contudo, foi
25 de setembro de 1965. Desde então eu e Judith temos estado casados há mais de
35 anos. Hoje, temos três lindas filhas, um netinho e muitos anos de
felicidade.
Mas, antes de terminar este
primeiro capítulo, preciso contar mais alguma coisinha... Quando eu estava lá
no altar da igreja que ela freqüentava, a igreja cheia de parentes e amigos, o
órgão tocando romanticamente, de repente surge aquela linda moça de olhos
verdes, vestida de branco... Ela desceu o corredor com seu pai... Enquanto
caminhavam em minha direção vários pensamentos passaram pela minha mente.
Algo como: "Puxa, como eu
amo esta menina!". Mas o pensamento mais importante foi uma palavra do
Senhor: "Jaime", Ele disse, com aquela voz suave : "Agrada-te do
Senhor, e Ele satisfará aos desejos do teu coração". Peguei a mão da minha
querida noiva e nós dois fomos para o altar e cantamos juntos um hino que se
tornou uma oração para nós: "Senhor, como nosso pastor, dirige-nos".
Tenho experimentado muitas vezes a realidade desta promessa, desde aquele dia
em que nós, olhando um para o outro, fizemos os nossos votos mútuos.
Jovem, você não precisa ter
medo da vontade de Deus porque ela é boa, agradável, e mais do que tudo,
perfeita. Então, descanse n'Ele. Deus jamais o abandonará nesta, ou em qualquer
outra área da sua vida. Ele sabe quais são os desejos do seu coração e irá
satisfazê-los dentro do Seu plano perfeito.
"Querido Pai, eu confesso
que é tão difícil entregar o meu namoro em Tuas mãos. E tão difícil acreditar
que Tu estás mais interessado com quem eu vou me casar do que eu mesmo. E além
disto Senhor, Satanás sempre cochicha ao meu ouvido, que Tu não és bom, que Tu
queres me castigar e tirar toda minha alegria. Senhor, eu reconheço que a Tua
Palavra é verdadeira quando promete: 'Agrada-te do Senhor, e ele satisfará aos
desejos do teu coração' .
Senhor, mais uma vez eu ponho
meu namoro no Teu altar como um sacrifício vivo, santo e agradável. Jesus,
aceita o meu sacrifício e quando eu esquecer a minha entrega, lembra-me de novo
e me dá coragem para confiar que Tu não darás 'mancada' comigo. No nome do meu
fiel Salvador. Amém."
capítulo 2
"Andarão dois juntos? se
não houver entre eles acordo?" (Amos 3.3)
Querido Pai, eu quase não posso acreditar que este é o
dia do meu casamento, Eu sei que não tenho tido oportunidade de passar muito
tempo contigo, com tantos preparativos para este dia. Por favor Pai me perdoe!
Também sinto um pouquinho de culpa quando converso contigo sobre isso, desde
que Carlos ainda não é crente. Mas, oh Senhor, eu o amo tanto! Que mais posso
fazer? Eu não podia desmanchar nosso relacionamento. Oh Senhor, tens que
salvá-lo de alguma maneira. Tu sabes o
quanto eu tenho orado por ele, também,como temos conversado sobre o Evangelho.
Eu tentei não parecer uma religiosa porque não queria assustá-lo. Senhor, ele
não é antagonista e eu mesma não entendo porque ele ainda não entregou a sua
vida a Ei. Oh Senhor, se ele fosse um
crente!
Querido Pai, por favor abençoa
nosso casamento. Eu não quero ser desobediente ao Senhor, mas eu amo aquele
homem e ele quer que eu seja a sua esposa. Portanto, Senhor, por favor, esteja
conosco e não estrague este dia, o dia do meu casamento. "
Certo dia, uma moça veio
conversar comigo no escritório. Vamos chamá-la "Cristina". Ela tinha
participado em um dos conjuntos de Vencedores por Cristo. Fez o
treinamento intensivo e sabia os princípios e propósitos de Deus sobre o namoro
cristão.
Depois de alguns momentos de
conversa, eu descobri que ela estava namorando um rapaz não-crente.
Perguntei-lhe: "Cristina, o que você está fazendo. Já esqueceu o que nós
estudamos sobre o plano de Deus para esta área da sua vida?". Ela ficou
quieta e pensativa por um momento, depois respondeu assim: "Sabe, Jaime, é
verdade que ele não é crente, mas é um cara muito legal; é mais
cavalheiro do que a maioria dos rapazes crentes que eu conheço. E sabe o quê?
Ele me leva para minha igreja! Creio que ele está aberto. Vou testemunhar para
ele e ganhá-lo para Cristo".
Eu olhei para Cristina e
falei: "Olha, cuidado com este tipo de justificativa. Você tem certeza que
isto não é a voz do diabo cochichando ao seu ouvido?". Ela saiu do meu
escritório naquele dia tentando-me convencer de que aquele relacionamento não
iria prejudicá-la. Alguns meses depois fiquei sabendo que Cristina havia se
casado com aquele homem. Até me disseram que o casamento foi muito lindo.
Naquela hora pensei: "Será que ele entregou a sua vida a Jesus como Senhor
e Salvador?".
Exatamente depois de um ano e
nove meses eu estava no meu escritório e o telefone tocou. Quem estava na
linha?...Adivinhou?!...Sim, Cristina! Aquela moça sorridente, bonita, cheia de
vida me assustou quando, já na primeira frase, começou a chorar. Eu perguntei:
"Cristina, o que está acontecendo?". Ela disse: "Jaime, estou
desesperada, preciso falar urgentemente com você!".
Nós marcamos um encontro no
meu escritório. Quando eu a vi, fiquei assustado. Em pouco mais de dois anos o
semblante dela havia mudado totalmente para uma aparência triste, frustrada e
abatida. Eu me lembro que uma das primeiras coisas que ela me falou foi o
seguinte: "Jaime, eu não o conhecia (referindo-se ao marido). Quando
éramos namorados ele era tão gentil, tão atencioso, tão carinhoso, me levava
para a igreja... Nos domingos à tarde ele esperava pacientemente enquanto
ensaiávamos o coro. Mas, depois que nos casamos, ele mudou completamente. Não
quis saber mais de igreja e até parece que acabou aquele carinho e amor que nós
sentíamos no namoro".
A conversa terminou com
Cristina dizendo: "Jaime, já começamos o processo de divórcio". Hoje
ela está divorciada e tem uma filha. Não sei o que vai acontecer com Cristina,
mas uma coisa eu sei: ela não teria passado por esta dor, se tivesse ouvido e
obedecido os princípios da Palavra de Deus. Quando começou a duvidar daquilo
que Deus falou, e a se justificar, ela passou a andar por um caminho que a
levou a muita tristeza e dor.
Quantas histórias temos para
contar de jovens que começaram um relacionamento que Deus não pode abençoar,
por ignorância ou por simples desobediência! Muitos jovens falam para mim:
"Sabe Jaime, meu pai não era crente quando se casou com minha mãe, mas
agora é um líder na nossa igreja".
Como responder a um raciocínio destes? Pela graça e misericórdia de
Deus, seu pai é crente! Jovem, louve o Senhor por isso, mas não use esta linha
de pensamento, porque, enquanto você me conta um caso de um pai ou mãe que
aceitou Jesus depois do casamento, eu conto nove casos de casamentos mistos
onde há tristeza, brigas, desarmonia, separação e divórcio.
Uma pergunta: "Se você
soubesse que 90% dos vôos VARIG, partindo de São Paulo com destino ao Rio de
Janeiro, às 8 horas, das terças-feiras, estavam caindo, você tomaria um avião
neste horário? Você responderia: "Claro que não! Eu não sou burro!".
Mas quantos jovens estão dispostos a entrar num relacionamento que,
provavelmente, nunca dará certo!
Em II Coríntios 6.14-18, o
apóstolo Paulo dá uma instrução extremamente importante a respeito do nosso
relacionamento íntimo. Ele diz:
"Não vos ponhais em jugo
desigual com incrédulos; porquanto, que sociedade pode haver entre a justiça e
a iniqüidade? Que harmonia entre Cristo e o Maligno? Ou que união do crente com
o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nos
somos santuários do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei
entre eles, serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do
meio deles, separai-vos, diz o Senhor, não toqueis em coisas impuras; e eu vos
receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor
Todo-Poderoso."
Para que possamos entender o
que Paulo estava dizendo, precisamos lembrar alguma coisa sobre os Coríntios. A
cidade de Corinto era tremendamente pecaminosa como, por exemplo, a cidade de
São Francisco na Califórnia ou o Rio de Janeiro aqui no Brasil. Faziam,
inclusive, parte da adoração no templo pagão em Corinto, mais de 1.000
prostitutas. Foi nessa cidade que Paulo e sua equipe pregaram o Evangelho
transformador, e alguns pagãos foram transportados do "império das
trevas para o reino do Filho do seu amor." Foi para este grupo que, na
sua primeira carta, ele escreveu:
"Ou não sabeis que os
injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem
idolatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem
roubadores herdarão o reino de Deus." (I Coríntios 6.9-10)
Essa lista descreve as pessoas
de Corinto. E Paulo ainda acrescenta:
"Tais fostes alguns de
vós, mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fortes
justificados...".
Foi para esta gente que Paulo
disse na sua segunda carta aos Coríntios: "Não vos ponhais em jugo
desigual. "
Em 1967, meu primeiro ano no
Brasil, viajamos para o interior de Minas Gerais. Uma lembrança que trago
Comigo dessa viagem foi a visão de dois bois puxando um carro cheio de cana,
conduzidos por um rapaz, a pé, com uma vara na mão. As rodas do carro iam
"cantando" e "machucando" o ouvido. Entretanto, o que mais
me impressionou naquele quadro foi o jugo — ou canga — sobre o pescoço dos
bois.
Fui criado na roça, numa
região ao norte da
Califórnia. Quando garoto,
aprendi com meu pai que nunca se deve colocar um cavalo e um boi na mesma
canga. "Por quê?" — perguntei ao meu pai. Ele me disse: "Jaime,
o cavalo vai correr para ura
lado e o boi vai andar devagar para o outro. Nunca vão puxar o carro juntos,
porque a natureza de um é totalmente diferente da natureza do
outro".
O apóstolo Paulo usa a
ilustração da canga para descrever o nosso relacionamento íntimo com outras
pessoas. Certamente o relacionamento no casamento é o mais longo e o mais
íntimo da vida humana. Não ponha seu
pescoço para trabalhar, brincar, andar juntos, criar filhos, servir ao Senhor,
na mesma canga com uma pessoa que não tem Cristo como Senhor e Salvador de sua
vida. Se você fizer isto o casamento estará incompleto. O aspecto primordial do
casamento, que é a unidade espiritual, estará perdido. Paulo faz cinco
comparações para enfatizar que um casamento misto não dá certo. Primeiramente,
ele fala aos crentes, dizendo:
"Não vos ponhais em jugo
desigual com os incrédulos. "
Depois, ele pergunta:
"Será que existe
sociedade entre a justiça e a iniqüidade?"
O que Paulo está dizendo é o
seguinte: "Não há a menor possibilidade destes trabalharem juntos".
Quantos casais estão trabalhando em vão porque Cristo não está edificando o seu
lar. Em terceiro lugar, Paulo pergunta:
"Que comunhão tem a luz
com as trevas?"
Se entramos numa sala escura e
acendemos a luz, imediatamente a escuridão tem de fugir porque não há
convivência da luz com as trevas. Somos filhos da luz. Não há possibilidade de
termos comunhão com os filhos das trevas. A filosofia, os valores e o
comportamento dos filhos da luz são totalmente diferente dos das trevas. Um rapaz
chega para mim e fala: "Pastor Jaime, você está dizendo que a minha
"gatinha", com cabelos castanhos, olhos azuis, bonita toda a vida, é
filha das trevas?". E eu falo: "Não, eu não falei isso. É Deus quem
fala! Se ela não foi lavada pelo sangue de Jesus, santificada pelo Espírito e
justificada, ela não faz parte da família de Deus e, portanto, não há qualquer
possibilidade de uma comunhão íntima, do relacionamento mais íntimo da vida,
que é o casamento com ela".
Em quarto lugar, Paulo
pergunta:
"Ou que união pode haver
do crente com o incrédulo?"
Somos habitação de Deus. Não
somos de nós mesmos. Fomos comprados por um preço alto, e Paulo está dizendo:
"Não pode existir unidade entre o santuário de Deus e os ídolos". Ele
estava se referindo aos ídolos no templo pagão de Corinto. Agora temos novidade
de vida e isso requer novas amizades íntimas. Paulo continua com as perguntas: "Que
harmonia pode haver entre Cristo e o Maligno?"
Paulo, aqui, não fala
simplesmente de um descrente. Quando ele usa essa frase, está se referindo a um
homem ou uma mulher totalmente nas mãos do diabo.
Ao final de uma de minhas
palestras em São Paulo, um jovem escreveu um bilhete para mim que dizia o
seguinte: "Pr. Jaime, não quero saber de casamento porque até hoje não
encontrei um casamento harmonioso!" Que pena! Quantos jovens estão
sentindo a mesma coisa, pensando que o casamento "já era" porque não
têm visto uma família feliz! O casamento é a primeira instituição de Deus.
Portanto, dentro do plano de Deus e dos princípios que Ele estabeleceu tem de
ser o relacionamento mais bonito de todos na vida. Jovens enamorados, Deus quer
habitar e andar entre vocês. Ele quer participar das suas atividades e
ajudá-los no seu comportamento. Ele quer ser o Senhor também no seu namoro.
Este é o argumento de Paulo
quando ele cita uma passagem do Antigo Testamento, referindo-se a Israel. A
nação fora escolhida para ser luz e sal no meio das nações pagãs ao redor. Ela desobedeceu, começou a casar
com as nações perversas, começou a adotar a sua filosofia e sistema de
valores e Deus disse: "Retirai-vos do meio deles, separai-vos."
Não há dúvida nenhuma de que
nós devemos ser luz e sal. Luz que deve brilhar na escuridão e sal para
preservar o que resta duma sociedade pervertida, corrupta e decaída. Isso
requer a nossa presença, e até amizade, com pessoas da sociedade, mas Paulo
está se referindo a intimidades como ocorrem no namoro, noivado e casamento.
Posso dizer, sem medo de
errar, que pelo menos 75% de todos os problemas que encontro em aconselhamentos
de casais, têm origem na época de namoro e noivado.
Jovem, Deus tem um plano
maravilhoso para você! Deus está mais interessado com quem você vai casar sedo
que você mesmo. Espere n'Ele e Ele tudo
fará.
"Agrada-te do Senhor, ele
satisfará aos desejos do teu coração. "
Deus me deu este versículo
quando eu estava inquieto e inseguro em relação a esta área da minha vida. Deus
não falha. Ele prometeu que vai satisfazer seus desejos. Verifique se seus desejos estão dentro dos
padrões de Deus, e espere n'Ele. Deus sabia exatamente que tipo de esposa eu
precisava e me deu Judith, três filhas e, por enquanto, um lindo neto. Como Ele
é fiel! E Ele será fiel com você também.
Basta confiar e esperar n'Ele.
"Senhor Jesus, confesso
que há dentro de mim uma luta muito grande porque quero a tua vontade. Por
outro lado, também quero aquele homem bonito. Senhor, eu sei que ele não é
crente mas é um cara tão legal, mais cavalheiro do que a maioria dos rapazes
crentes que eu conheço. Senhor, temos tanta coisa em comum. Tu não achas que eu
posso ganhá-lo para o teu reino Senhor, quando eu paro e penso nestas minhas
justificativas, sei que estou errada.
Jesus, quero um marido crente
que assumirá a liderança espiritual do meu lar. Portanto, dá-me coragem para
conversar com ele e, se for necessário, desmanchar meu namoro. Senhor, tu sabes
que isto não vai ser fácil para mim e por isso eu peço sabedoria e força para
obedecê-lo. Amém!."
capítulo 3
Namoro a três!
"Portanto, quer comais,
quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de
Deus," (I
Coríntios 10.31)
No último capítulo falamos
sobre a importância do namoro cristão. Isto quer dizer que ele e ela são
crentes, lavados pelo sangue de Jesus Cristo, santificados e justificados. Deus
nos fala: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos". Colocar-se
em jugo desigual resulta em um casamento incompleto, porque o aspecto
prioritário do casamento, que é a unidade espiritual, está perdido. Esta é a
decisão primária que todo jovem crente deve tomar. E quem tomar esta decisão,
pode ter certeza que o diabo vai cochichar ao seu ouvido, tentando afastá-lo do
caminho do Senhor. Uma vez tomada
esta decisão, a segunda será: "Eu basearei o meu namoro nos princípios e
propósitos de Deus".
Certa vez, num dos meus
seminários, eu fiz a seguinte pergunta para os rapazes: "Quando foi a
última vez que você orou com a sua garota?". Depois da palestra, um rapaz
me disse: "Jaime, oração no namoro? Não tem cabimento!". Eu falei
para aquele jovem crente: "Se não há ambiente para oração, alguma coisa
está errada no seu namoro, porque a oração deve ser a prática mais espontânea
na vida cristã, dentro ou for a namoro".
A nossa tendência, como
crentes, é catalogar em nossa vida as coisas que achamos que são espirituais e
as que achamos que são coisas do dia-a-dia. Por exemplo, muitos jovens pensam
que lecionar na Escola Dominical é naturalmente uma atividade espiritual. Mas
nunca pensam que conversar com sua garota ou seu namorado, ou comerem uma pizza
juntos, seja atividade espiritual. O apóstolo Paulo acaba com esta idéia quando
fala em I Coríntios 10.31: "Quer comais, quer bebais, ou façais outra
coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus." Certamente, meu amigo,
isso inclui o seu namoro. Deus quer participar em todas as atividades da nossa
vida.
Uma moça certa vez me disse:
"Jaime, nós não oramos, nem lemos a Bíblia, ou conversamos sobre coisas
espirituais no nosso namoro porque o meu namorado é um pouquinho tímido a
respeito de coisas espirituais". "Muito bem", eu disse,
"posso entender essa timidez se ele é um crente novo, ou se seu namoro
está no início. Entretanto, se depois de seis meses ou um ano, ele ainda não
quer orar, ou ler a Palavra com você, você deve pensar seriamente se quer
continuar com ele ou não."
Como um casal pode basear seu
namoro nos princípios e propósitos de Deus, se Deus não tem parte integral
nele? Deus quer que os dois cresçam na sua vida espiritual. Esta será a melhor
maneira de desenvolver unidade espiritual no se relacionamento. Se o seu
casamento não desenvolver este alicerce, não poderá resistir às tempestades e
crises que a vida conjugai há de trazer. Jovem, sem os princípios e propósitos
de Deus claramente definidos, não há base para fazer decisões corretas no seu
namoro, noivado e casamento.
Quando jovem também fui
tentado a não me preocupar com o desenvolvimento de uma base espiritual firme.
Já citei esta experiência no capítulo um. Nunca posso esquecer a primeira vez
que eu e minha namorada, que agora é minha esposa, Judith, saímos. Ela estava terminando a
faculdade de enfermagem e morava no internato da escola. Fui para lá buscá-la.
Meu coração batia tão descompassado que eu achei que ia saltar pela boca. Eu
estava louco por Judith. Eu estava determinado a desenvolver um namoro com
Judith dentro dos padrões da Palavra de Deus. Quando entramos no meu chevrolet
novo e enfiei a chave no contato, queria orar com ela antes de sair, mas tive
medo que ela me achasse um fanático religioso. Por alguns segundos lutei comigo
mesmo e, na última hora, virei para ela e disse: "Você não gostaria de
orar comigo agora?". Ela olhou para mim com um sorriso lindo e disse:
"Sim, quero". Foi preciso muita coragem para fazer isso, mas dou
graças a Deus porque hoje, após tantos anos, é fácil orar com minha esposa. Até
hoje posso lembrar a minha oração: "Querido Pai, queremos convidar-Lo a
participar conosco das nossas atividades. Queremos que Tu sejas o centro do
nosso namoro. Que nossos pensamentos, palavras e ações sejam dirigidos por Ti .
Queremos Te agradar com o nosso relacionamento. Abençoa-nos, Senhor... Em nome
de Jesus, amém".
Os momentos de oração, de
compartilhar as maneiras que Deus estava trabalhando nas nossas vidas, e a
leitura da Palavra de Deus, juntos, foram usados para nos dar forças nos
momentos de tentação, especialmente no controle dos impulsos sexuais e no
relacionamento físico no namoro. Não estou dizendo que o nosso namoro foi
perfeito. Houve dificuldades, tentações e, às vezes, desentendimentos, mas a
diferença era que tínhamos a Cristo como a pessoa mais importante no nosso
relacionamento e a Palavra de Deus como guia nas nossas decisões e atitudes.
Jovens, se vocês não oram no
período do namoro e do noivado; se vocês não lêem a Palavra juntos e procuram
obedecê-la; se vocês não procuram ter uma conversa aberta e franca sobre suas
vidas íntimas, sobre suas lutas e dificuldades, não pensem que, de repente, no
primeiro dia do casamento, será automático orar; que será automático colocar a
Bíblia como prioridade e organizar a vida conforme os princípios de Deus. Isso
simplesmente não acontecerá. O período de namoro e noivado é muito importante
para construir o alicerce de um casamento feliz.
Como mencionei no capítulo um,
creio que posso dizer sem errar que 75% dos casos de aconselhamento que tenho
tido com casais casados, entre, mais ou menos, seis meses e 40 anos, são
problemas que se originam dentro do período de namoro ou noivado. Isto quer dizer que se vivêssemos conforme os
padrões de Deus para o namoro, estaríamos nos preparando para enfrentar as
exigências de um casamento feliz.
Concluindo este capítulo,
quero abordar algumas sugestões sobre como desenvolver os padrões de Deus no
namoro:
1) No início do namoro, planejem atividades
que envolvam participação em grupo. Isto vai ajudá-los a evitar situações e
atividades que possam estimular seus impulsos sexuais. Em outras palavras, evitem longos períodos a
sós.
2) estabeleçam algumas regras de conduta no
seu namoro ou noivado que sejam coerentes com os princípios bíblicos. Por
exemplo: manter linhas de comunicação bem abertas sobre carícias excessivas,
sobre quando um dos dois estará sendo defraudado. Quando isso ocorrer, há
necessidade de comunicar esse sentimento ao seu parceiro.
3) Já falei sobre a importância da oração no
relacionamento. Às vezes, somente por alguns momentos, entregando uma certa
atividade específica de suas vidas. Outras vezes, depois de uma conversa séria
sobre uma dificuldade que um ou outro está passando, será uma oração íntima e
até com lágrimas. Desenvolvam no ambiente e no namoro um espírito de louvor
e oração. Um dos maiores problemas
dos jovens casais é a incapacidade de orar e chorar juntos e louvar ao Senhor.
Que casamento pobre quando não há este tipo de comunicação com o Pai do Céu!
4) Procurem ter uma
comunicação aberta. Um dos maiores problemas do casamento é a falta de
comunicação ou a comunicação não aceitável, como, por exemplo, gritaria,
paneladas na cabeça, etc. Aprendam logo no início do namoro a manter a linha
aberta entre vocês e entre vocês e o Senhor. Isso vai exigir disciplina e
esforço. Procurem resolver os problemas logo no início, sem deixar acumular
encrencas e sentimentos de rancor contra o seu parceiro. Desenvolvam um
espírito de perdão. Aprendam a fazer as pazes e a esquecer as ofensas um do
outro.
Uma noiva cheia de orgulho
disse-me o seguinte, algum tempo atrás: "Jaime, quero que você saiba que
durante nosso namoro e noivado eu e o meu noivo nunca brigamos, nem discutimos".
Eu olhei com aquele olhar de desconfiança: "Não tenho certeza",
falei, "mas acho que seu relacionamento está necessitando de mais
objetividade e honestidade. Todo relacionamento tem que passar por provações e
tempos difíceis. Mas o amor verdadeiro usará atribulação para que o
relacionamento se torne mais profundo e comunicativo".
5) Procurem ler bons livros.
Sugiro os seguintes: "Uma Bênção Chamada Sexo", de Robinson
Cavalcanti; "Casei-me Com Você" e "Amor, Sentimento A
Ser Aprendido", de Walter Trobisch; "A Família do
Cristão", de Larry Christenson. Eles devem ser lidos juntos ou
separadamente e discutidos no contexto do namoro. E tenho uma palavra de
advertência aos jovens: durante o namoro, cuidado com as conversas íntimas
sobre sexo. Isso pode levá-los a serem despertados sexualmente. Não há nenhuma
dúvida em minha mente de que você quer um casamento feliz, dentro do padrão de
Deus. No entanto, para que isto aconteça, você tem que começar a construir a
sua casa na rocha que é Jesus Cristo e na Palavra de Deus. Decida em seu
coração que você baseará seu namoro nos princípios e propósitos de Deus. Que
Deus o abençoe nesta decisão tão importante da sua vida!
"Senhor Jesus, sabemos
que se os nossos princípio e propósitos não estiverem claramente definidos não
teremos base para tomar decisões corretas quanto ao nosso namoro e casamento.
Portanto, Senhor, queremos fazer da Tua Palavra a regra de fé
procedimento. Queremos que Tu participes
do nosso namoro, das nossas atitudes, das nossas conversas, do nosso
procedimento físico, enfim Senhor, queremos um namoro cristão. Ajuda-nos a
tomar o firme propósito de colocar a Tua Palavra acima de tudo. Sabemos que o
namoro dentro dos Teus preceitos nos dará um alicerce firme para um casamento
bem sucedido. Amém! "
capítulo 4
Sexo... Por que esperar até o
casamento!
"Tendo, pois, ó amados,
tais
promessas, purifiquemo-nos de
toda
impureza, tanto da carne, como
do
espírito, aperfeiçoando a
nossa santidade
no temor de Deus." (II Coríntios 7.1)
Sem dúvida, o maior problema do jovem evangélico e,
portanto, o que mais atrapalha a sua vida espiritual, é o namoro. Naturalmente
isto não deveria ser assim, porque o jovem que namora dentro dos princípios e
propósitos de Deus será muito abençoado. O maior problema dentro do namoro é o
relacionamento físico. Como controlar as carícias no namoro? Quem deve
controlar o relacionamento
físico? Deve ser o rapaz ou a moça? É possível ter contato físico no namoro e
ainda ficar dentro da vontade de Deus? E, se o contato físico é possível, quais
são os limites de Deus nessa área?
Trabalhando com jovens, essas
são algumas das muitas perguntas que recebo. Será que a Bíblia tem resposta
para perguntas como estas? Será que Deus está interessado no meu namoro? Eu
digo com toda a convicção que há resposta bíblica para essas perguntas e que
Deus está muito interessado no namoro dos jovens cristãos.
A terceira decisão que o jovem
crente deve tomar na sua vida é: "Eu não defraudarei no meu namoro".
Em I Tessalonicenses 4, o apóstolo Paulo trata do nosso relacionamento físico: "Finalmente
irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós
recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e
efetivamente estais fazendo, continueis progredindo, cada vez mais, por que
estais inteirados de quantas instruções vos demos da parte do Senhor Jesus.
Pois esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da
prostituição, que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo, em santificação
e honra, e não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a
Deus, e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão, porque o
Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos
claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e,
sim, em santificação. Destarte, quem rejeita estas coisas não rejeita ao homem,
e. sim, a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo." (I Ts 4.1-8).
Como é que devemos viver e
agradar a Deus? Qual é a vontade de Deus? Conforme o versículo 3, é a nossa
santificação. Isto quer dizer "pureza moral". É a separação dos
padrões imorais da nossa sociedade e a aceitação do padrão de Deus. Paulo está
dizendo que a vontade de Deus é que dediquemos a nossa vida a Ele e que nos
abstenhamos da prostituição. Quando nós pensamos em prostituição, geralmente
pensamos naquela mulher da rua, vendendo o corpo para que um homem possa ter
alguns momentos de prazer. Mas Paulo não está falando especificamente da
comercialização do sexo. A palavra usada aqui significa "imoralidade
sexual", seja esta em pensamento, palavra ou ação.
Conforme pesquisa realizada
entre a mocidade evangélica do Brasil, descobri que uma grande porcentagem dos
jovens crentes até 21 anos de idade tiveram relação sexual com suas
namoradas. Paulo está dizendo
claramente que Deus quer que nós vivamos a nossa vida com pureza moral. Ele
continua explicando, no versículo quatro, que "cada um de vós saiba
possuir o próprio corpo" (a tradução antiga diz "o seu
vaso", mas da língua original podemos deduzir que significa "corpo").
Alguns acham que a palavra "corpo" significa o corpo de sua
esposa. Se significa o seu próprio corpo ou o corpo da sua esposa, é importante
verificar que o jovem crente deve guardar puro o seu corpo até o dia do
casamento, quando poderá desfrutar dos prazeres do ato conjugai.
Paulo está demandando pureza
moral não somente para a mulher mas também para o homem. Na sociedade
brasileira não é somente aceitável, mas está totalmente dentro dos seus padrões,
que o jovem tenha várias experiências sexuais antes do casamento. Em outras
palavras, o homem pode "pular a cerca", mas a mulher não. Muitos pais
mandam seus filhos para a rua, quando atingem 14 anos de idade, dizendo:
"Filho, está na hora de provar que você é homem".
Mas ter relação sexual com uma
mulher — prostituta ou não — não prova nada a não ser que ele tem impulsos
sexuais como qualquer outra pessoa. Não há um padrão duplo aqui. Quando o homem vem para o leito
matrimonial, ele deve poder dizer para sua esposa, assim como a esposa para o
marido: "Querido(a), tenho esperado por você e dou todo meu amor
exclusivamente para você!". Muitos jovens não podem fazer isso. Quando há
intimidade sexual no período de namoro e noivado, a culpa por causa disso pode
ter efeitos negativos no casamento e ser fonte de muita irritação e brigas.
Devemos saber como proceder no
nosso comportamento na área física, seja no namoro ou em qualquer
relacionamento na vida. Paulo continua falando no versículo 5: "Não com
o desejo de lascívia". Com isso ele está simplesmente dizendo que esta
é a maneira errada de um homem entrar no casamento. Os pagãos, nos dias de
Paulo, conheciam deuses tão imorais quanto eles. Paulo descreve um homem
totalmente entregue às suas paixões carnais. Os gentios ou pagãos quando iam
para o templo adorar seus deuses, literalmente tinham relações sexuais com as
prostitutas do templo.
Quando Paulo fala, "e
que nesta matéria", sobre qual matéria está-se referindo? Ele está
falando do nosso relacionamento físico, e nos exorta a tomarmos cuidado porque
podemos ofender e/ou defraudar o nosso irmão. A palavra "defraudar"
significa tirar vantagem sobre seu irmão. Há várias maneiras de
defraudar mas Paulo está especificamente se referindo a uma defraudação sexual.
Defraudar significa excitar ou despertar desejos sexuais na vida duma outra
pessoa, desejos que não podem ser satisfeitos dentro da vontade de Deus, que é
o casamento.
A palavra defraudar também
significa utilizar como se fosse sua a propriedade de uma outra pessoa. Jovem,
seu(sua) namorado(a) ou noivo(a) não é sua propriedade. Ele(a) pertence ao
Senhor. Portanto, promiscuidade antes do casamento representa roubar do outro a
sua virgindade que deve ser levada para o casamento. Se você faz com que uma
garota não seja mais virgem, você está roubando de outro homem, que um dia será
marido dela, a sua virgindade. Isto significa "defraudar". Você diz:
"Mas ela(e) vai ser minha esposa(marido)!" Como você tem certeza? E
mesmo tendo certeza, Deus disse que Ele é contra este procedimento entre
pessoas solteiras. Ele é o vingador. Nós fomos chamados não para impureza, mas
para novidade de vida.
Vamos ser ainda mais práticos.
Um jovem chega para mim e diz: "Jaime, até onde posso chegar no
relacionamento físico com a minha garota?" Como vou responder a esta
pergunta? Devo falar o seguinte:
"Olha, você a beija três vezes no sábado, mas domingo que é dia do Senhor, uma
só vez? Ou; você pode despedir-se dela com um abraço de 11 segundos e um beijo
no rosto? Obviamente tudo isso é bobagem. E tolice, porque cada jovem responde
de uma maneira diferente às carícias dum homem ou mulher. Não podemos
estabelecer uma série de "regrinhas". Deus nos dá claramente o
princípio que nos limita no nosso relacionamento físico: não defraude! Na hora
que você começa a excitar desejos sexuais que são totalmente puros em si, você
começa a defraudar. Não estou dizendo: não se toquem. Para alguns é só pegar na
mão da menina ou do rapaz; para outros, é poder beijar e abraçar na despedida.
A regra é sempre não despertar os impulsos sexuais no namorado(a).
"Mas, Jaime", você
diz, "como vou saber se estou defraudando ou não meu namorado?"
Comunicação é a resposta! Ora, como dizia o gordo com a sua buzina: "quem
não se comunica se estrumbica"1. "Bem-aventurada a moça
que tem a coragem de dizer não! Não há muitas moças que têm essa coragem de
obedecer ao Senhor. Muitas moças têm falado para mim: "Mas, Jaime, eu
preciso me entregar pelo menos um pouco para meu namorado; preciso deixá-lo
'brincar' um pouco, senão ele vai achar que sou fria e me largará que nem uma
batata quente."
Mas isso não é verdade! Eu
nunca esqueço uma experiência que tive com uma namorada chamada Eloísa. Ela era
uma moça muito crente. Uma noite, depois de sairmos juntos, voltamos para a sua
casa por volta da meia-noite. Seus pais ainda não tinham chegado. Na porta da
sua casa estava meio escuro. Percebendo a situação, eu tentei abraçá-la. Ela
imediatamente me empurrou e disse: "Jaime, II Timóteo!!" Eu não sabia
o que estava em II Timóteo mas meu orgulho ficou muito ferido. Saí de lá sem me
despedir, deixando meio centímetro de pneu grudado na rua (claro que estou
exagerando) e fui para casa superchateado.
Fui direto para a Bíblia para
ver o que esta menina "superespiritual" havia-me dito: "Foge
das paixões da mocidade". Eu fiquei tão irritado que por duas semanas
nem lhe telefonei. Mas vou dizer uma coisa: lá no fundo do meu coração houve um
grande respeito por ela, e um desejo ainda maior por tê-la como minha esposa,
porque eu sabia que Eloísa era uma moça de caráter e convicções firmes. E mesmo
sendo eu bem jovem eu sabia que era isso que queria.
Sim, precisa haver comunicação
dos nossos sentimentos. Precisa haver
coragem da parte dos dois de dizer: "Querido(a), vamos parar por aqui,
senão vamos nos defraudar". Às vezes, vem a justificativa: "Sabe,
Jaime, ele tem alguns hábitos maus, mas ninguém é perfeito". É verdade,
ninguém é perfeito, e por esta razão precisamos estabelecer alvos físicos no
nosso namoro. Devemos tomar medidas para nunca nos colocarmos numa situação
onde podemos ser atingidos pela tentação que está além das nossas forças.
O mundo, a sociedade, acha que
os crentes são muito quadrados. Mas o que o descrente acha não é tão importante
em relação àquilo que Deus pensa, e Ele nos deu o Seu padrão. Há muitas
maneiras de um jovem defraudar. As vezes através de um olhar sensual, ou da
roupa que usa (ou não usa). Por exemplo: Atualmente certas peças íntimas da
mulher são opcionais. Quando uma mulher vê uma propaganda de um certo vestido e
lê esta frase: "Admita a transparência", ela começa a pensar que isto
é parte da moda e ela não quer ser quadrada. Portanto, ela começa a se vestir
de uma maneira que se torna excitante para o rapaz, e isto pode defraudá-lo.
Muitas moças reclamam dizendo:
"Por que eu preciso me vestir de tal maneira? Simplesmente porque o homem
tem pensamentos maus?". E eu falo:
"E verdade que o homem é despertado sexualmente através do olhar". E
Jesus disse que isto pode-se tornar adultério. Mas para a moça que sabe que
está provocando um rapaz isto também é pecado, porque ela não está demonstrando
amor cristão. Em vez de usar seu corpo que pertence ao Senhor para a glória
d'Ele, ela o está usando para a própria glória, "adorando à criatura em vez
do Criador".
No namoro, jovens são
defraudados porque há contato físico constante e longos períodos de carícias e
expressões físicas. Isto precisa ser evitado. O relacionamento físico precisa
ser dedicado ao Senhor. Quando a intimidade física se desenvolve antes da
intimidade espiritual, urna nuvem de culpa aparece entre o casal e entre eles e
o Senhor. Muitos casais que eu aconselho têm problemas gravíssimos no seu
casamento porque não cuidaram do seu relacionamento físico, e agora há
desconfiança, infidelidade, frustrações, brigas e sentimentos de culpa.
Jovem, eu sei que você quer um
casamento feliz. Para que isto aconteça, tome esta iniciativa com seu parceiro:
"Eu não defraudarei no meu namoro". Quando você, lá no altar, no dia
do seu casamento, colocar aquela linda e preciosa aliança no dedo da sua (seu)
noiva(o), você estará dizendo: "Querida(o), com esta aliança eu estou entregando a
você todo o meu amor. Nenhuma outra pessoa neste mundo tem direito a este
amor". Ela também é uma lembrança constante dos votos que vocês
expressaram, um ao outro, naquele dia tão importante nas suas vidas. Jovem,
espere no Senhor e você estará também desenvolvendo um alicerce bem firme para
sua família; para seu casamento.
"Senhor Jesus, eu tenho
sentimentos de culpa porque creio que
no meu relacionamento
físico no namoro tenho
defraudado meu parceiro. Temos desenvolvido intimidades físicas sem nos
preocuparmos muito em
desenvolver a intimidade espiritual. Creio que isto tem nos prejudicado e
agora, portanto, eu quero confessar este pecado a ti. Prometo
conversar com meu(minha)
namorado (a) e pedir seu
perdão.
Senhor, ajude-nos a nos
disciplinarmos nesta área e também a sermos honestos um para com o outro a
respeito daquilo que nós sentimos. Proteja-nos contra qualquer situação que
possa ser usada pelo diabo para nos
tentar e estragar o relacionamento sadio que queremos desenvolver.
Senhor, queremos esperar até a
noite do nosso casamento para podermos dizer um ao outro: 'Esta é a noite que
nós temos esperado'. Tudo isso nós Te pedimos em nome de Jesus. Amém"
' Referência ao animador de
programas de auditório " Chacrinha", que alcançou grande popularidade
nos anos 60 e 70, na Rede Globo de Televisão, já falecido.
capítulo 5
O que os país tem a ver
com meu namoro?
"Filhos, em tudo obedecei
a
vossos pais; pois fazê-lo é
grato diante do
Senhor.'(Colossenses 3.20)
certa vez uma moça me perguntou: "Jaime, será que devemos
obedecer os nossos pais em relação ao nosso namoro quando são injustos para
conosco?". Um casal me contou a seguinte história: "Estamos namorando
há 4 anos. Somos crentes em Jesus Eu (disse o rapaz) sou filho de pastor. Há
uns dois anos que estou brigando muito com meu pai. Já não tenho mais respeito por
meus pais. Eles são totalmente contra o nosso namoro. O que devemos
fazer?"
Perguntas desse gênero
demonstram a confusão que existe quanto ao relacionamento que um jovem deve ter
com seus pais. Creia ou não, a harmonia e felicidade de seu futuro casamento
depende muito de sua capacidade de lidar com seus pais e irmãos em casa, e de
sua disposição de se submeter à liderança que Deus instituiu em sua vida. Por
isso é muito importante tomar a seguinte decisão: "Precisamos estar em
harmonia em nossos lares."
Talvez você esteja se
perguntando: "Por que esta é uma decisão importante na minha vida de
namoro?". Basicamente porque Deus usa nossa própria família, nosso pai e
mãe, os nossos irmãos e a nossa situação em casa, para nos moldar e para
desenvolver em nós qualidades espirituais, preparando-nos para o nosso próprio
casamento.
Em Efésios capítulo 6, Paulo
continua dando exortações sobre a família; nos versículos de 1 a 3 diz: "Filhos,
obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua
mãe (que ê o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de
longa vida sobre a terra."
Em Colossenses 3.20, ele diz: "Filhos,
em tudo obedecei a vossos pais, pois fazê-lo é grato diante do Senhor. "
Deus quer que todo jovem
aprenda uma lição básica que é saber viver debaixo da autoridade que Ele
estabeleceu. Romanos 13.1 nos diz que toda autoridade é instituída por Deus.
Portanto, é extremamente importante para o seu futuro casamento que você
aprenda a submeter Sua vontade à liderança dos seus pais e, consequentemente,
a liderança do Espírito Santo.
Hebreus 5.8 nos diz que Jesus, embora sendo filho, aprendeu a obediência pelas
coisas que sofreu. Aprender a viver em harmonia e paz com nossos pais e irmãos,
vai requerer sofrimento e até desentendimentos, mas isto é parte do plano de
Deus para conformá-lo à imagem do seu filho (Romanos 9.29).
Quantas vezes nós ouvimos esta
reivindicação: "Mas eu tenho os meus direitos!". Uma coisa que nos
ajudará no casamento será aprender como entregar nossos direitos ao Senhor. Em I
Pedro 2, o apóstolo diz o seguinte, referindo-se a Jesus Cristo: "O
qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca, pois ele, quando
ultrajado, não revidava com ultraje, quando maltratado, não fazia ameaças, mas
entregava-se aquele que julga retamente. "
Jesus, naquela hora de
sofrimento, sendo maltratado e passando por grande humilhação, poderia ter
exercido os Seus direitos, chamando até 10.000 anjos para salvá-lo
daquela situação agonizante. No
entanto, Ele entregou os Seus direitos a Seu Pai, que julga retamente.
Quantas vezes, dentro do nosso
lar, somos tentados a exigir nossos direitos mas é justamente dentro da nossa
situação sofredora que Deus está querendo criar em nós um espírito de mansidão
e humildade. Se nós não aprendemos enquanto jovens, dentro do nosso próprio
lar, aquilo que Deus quer nos ensinar, Ele continuará trabalhando pacientemente
conosco quando nos casarmos. Será bem mais difícil aprender as lições dentro do
nosso próprio casamento.
Na minha casa éramos sete
filhos. Eu tinha dois irmãos e quatro irmãs. Meu irmão mais velho morreu com
seis anos de idade. Meu outro irmão era sete anos mais velho do que eu e eu
cresci praticamente com minhas quatro irmãs. Agora, imaginem quatro irmãs e um
só banheiro... Eu nunca tinha vez! Parecia que as minhas irmãs gastavam tanto
tempo no banheiro de propósito, só para me irritar. Eu ficava louco da vida com
elas. Não percebi que através daquela situação chata Deus queria desenvolver a
qualidade de paciência na minha vida. Como eu não aprendi, e porque Deus me ama
e está querendo formar Jesus Cristo em mim, Ele continua trabalhando...
Prova disso é que Ele me deu
quatro mulheres: minha querida esposa Judith e minhas adoráveis filhas Melinda,
Márcia, Annie e, de quebra, uma cachorrinha. Bem, ainda não aprendi a ser
paciente, mas tenho observado algumas coisas. Se eu tivesse aprendido esta
lição, quando jovem, teria sido bem mais fácil adaptar-me à minha vida
conjugai.
Quando eu converso com jovens
sobre a necessidade de viver em harmonia com seus pais, muitas vezes eles me
dizem: "Mas Jaime, você não conhece o meu pai. Ele é um incrédulo, um
fechadão, não tenho nenhum papo com ele!" ou "Você não conhece a
minha mãe, ela é muito chata!". Naquela hora eu preciso responder:
"Não estou dizendo que o seu pai é crente ou que sua mãe é fabulosa, mas o
jeito como você deve reagir aos seus pais, ou irmãos, numa situação difícil.
Isso é importante. Não conheço os seus pais, mas conheço 'Alguém' que conhece o
coração dos seus pais e que tem os seus corações em Sua mão."
Amigo, você tem na sua mão um
instrumento poderoso que é a oração. Quando você começa a orar, Deus começa a
agir e a mudar a situação. Então, ou Ele muda o coração dos seus pais, ou muda
o seu. Se não aprendermos a viver em
harmonia no nosso lar, enquanto solteiros, sofreremos as conseqüências dentro
do nosso próprio casamento. A tendência do homem é tratar a sua esposa como
tratou a sua mãe.
Agora, aqui vai uma dica para
as moças. Observem bem a maneira como o seu namorado, ou noivo, trata a própria
mãe. Ele é respondão, não demonstra respeito e a desobedece? Quando vocês estão
juntos, ele fala mal dela? Muito bem, aqui está uma dica importante para você:
não se case com um homem assim! Espere até que ele aprenda a viver em harmonia
com seus pais, tratando a sua mãe com honra e respeito, porque um dia ele,
certamente, irá tratá-la da mesma maneira. Mas você diz: "Ah, Jaime, você
não conhece o meu namorado... Ele é superlegal! Ele é tão carinhoso, tão
atencioso. Ele nunca me trataria como trata a mãe dele. Aliás, você precisaria
conhecer a mãe dele — uma chata! Meu namorado tem razão em não obedecê-la ou
respeitá-la". Mas moças, o que dizem as Escrituras? "Filhos, em
tudo obedecei a vossos pais"; "Honra a teu pai e a tua mãe." Este
é o caminho para um casamento feliz.
Agora eu vou falar para os
rapazes. Observem bem a maneira como a
sua namorada ou noiva trata o pai dela. Ela é respondona? Ela fala mal do pai
quando vocês estão juntos? Ela não liga para as ordens dele? Muito bem, se ela
demonstra atitudes assim negativas, um dia ela vai agir com você da mesma
maneira que age com o pai. Enquanto ela está na casa dos pais, o pai é a
autoridade na vida dela, mas, uma vez casados, você se torna a autoridade sobre
ela. Você diz: "Ah, Jaime, você precisa conhecer minha gata, uma loirinha
de olhos azuis e um sorriso lindo... Ela é demais! É verdade que ela desobedece
ao pai, mas, também ele lhe dá cada ordem absurda! É verdade que ela não
demonstra respeito por ele, mas, ele vive xingando a mãe dela!"
Independentemente do. comportamento dos pais, o jovem precisa lembrar que Deus
está interessado no desenvolvimento de características que devem ser cultivadas
justamente nesta situação difícil. Em Números 14.18 encontramos um princípio
eterno de Deus. Deus nos diz o seguinte: "O Senhor é longânimo, e
grande em misericórdia, que perdoa a iniqüidade e a transgressão, ainda que não
inocenta o culpado, e visita a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e
quarta geração."
As nossas fraquezas, a
desobediência, os nossos pecados, serão transmitidos aos nossos filhos.
Conheço bem de perto uma
família que ilustra perfeitamente estas palavras. A avó nunca aprendeu a ser
submissa ao marido. Ela era uma pessoa agressiva e dominante. Suas duas filhas,
não tendo o exemplo de uma mãe submissa, tiveram muitos problemas no casamento.
Uma das filhas teve quatro filhas, das quais, três são divorciadas. Duas
divorciaram-se uma única vez e, a terceira, duas vezes. Todas as três
casaram-se de novo. As filhas delas também se divorciaram e uma simplesmente
vive com outro homem sem ser casada. Outra foi mãe aos 14 anos, solteira,
evidentemente. Para encobrir o fato, foi forçada a se casar com o pai da
criança. Atualmente ela está separada do marido, abandonou o filho e vive com
outro homem. Ou seja, esta é a quarta geração que está cometendo erros e
sofrendo as conseqüências dos pecados das gerações anteriores.
Afinal, por que tanta tristeza
e dor? Por que três destas quatro mulheres de uma só família se divorciaram?
Creio que é um cumprimento da Palavra de Deus. Nenhuma dessas mulheres que eu
mencionei teve a oportunidade de observar uma mãe que vivia conforme os padrões
de Deus. Portanto, o pecado da avó, foi transmitido à filha que, por sua vez, o
retransmitiu às netas.
Creio que o maior problema
nessas famílias foi que as mulheres não aprenderam o seu papel, que é o da
submissão. Como conseqüência, o casamento complicou-se a tal ponto que houve o
divórcio. Não estou dizendo que os maridos dessas mulheres foram todos
"anjos". Pelo contrário, muitos deles também desobedeceram a Palavra
porque receberam dos seus pais uma imagem errada de marido e pai. Mas creio que
se essas mulheres tivessem vivido conforme as exortações do apóstolo em I Pedro
3.1-6 — onde Pedro dá instruções às mulheres em como ganhar seus maridos
desobedientes — a situação teria sido diferente.
A melhor coisa que uma mãe
pode dar como herança às suas filhas é ser submissa ao pai delas, e a melhor
herança que um pai pode dar aos seus filhos é amar a mãe deles. Como é
importante aprender os princípios e propósitos de Deus para com a família e,
pela graça de Deus e força do Espírito Santo, colocá-los em prática.
Jovem, se você percebe que há
um espírito de rebeldia ou desobediência na vida do seu parceiro, espere no
Senhor; converse com ele sobre este espírito, orem juntos e tenham paciência
até que ele possa viver em harmonia com seus pais e irmãos e em submissão à
obra do Espírito Santo. Se você não puder esperar e for casar mesmo assim, tenha
certeza que Deus ama você. O propósito d'Ele é que você tenha a imagem de Jesus
Cristo. Assim sendo, Ele vai continuar trabalhando em você, mas será bem mais
difícil e, em alguns casos, a tempestade será grande demais e o casamento
poderá naufragar. Esta harmonia só pode ser desenvolvida entre duas pessoas que
têm Jesus Cristo como Salvador e Senhor, e que estão constantemente submetendo
as suas vontades, decisões e procedimento à liderança do Espírito de Deus. O
desafio de aprender a obedecer autoridades e viver em harmonia é um dos maiores
e um dos mais importantes para um casamento feliz.
"Senhor, falando
honestamente, porque sei que Tu me conheces e não posso esconder coisa alguma
do Teu olhar, confesso que tenho demostrado um espírito de rebeldia no meu lar,
especialmente no relacionamento com meus pais. Não tenho entendido o que Tu
queres fazer na minha vida através da situação difícil na minha família. Mas,
Senhor, agora eu me submeto à obra do Espírito Santo em mim e peço que tu me
dês a capacidade de reagir positivamente aos meus pais e irmãos e cooperar
contigo no desenvolvimento de qualidades espirituais. Em nome de Jesus eu peço
estas coisas. Amém!
do ponto de vista Deus
"Pois tu formaste o meu
interior, tu me teceste no
seio da minha
mãe. Graças te dou, visto que
por modo
assombrosamente maravilhoso me
formaste; as tuas obras são
admiráveis, e a
minha alma o sabe muito bem;
os meus
ossos não te foram encobertos,
quando no
oculto fui formado, e
entretecido como
nas profundezas da terra. Os
teus olhos
me viram a substância ainda
informe, e no
teu livro foram escritos todos
os meus
dias, cada um deles escrito e
determinado,
quando nem um deles havia
ainda."
(Salmo 139.13-16)
evangélicos entre 16 e 23 anos
de idade, constatei que cerca de 15% de seu conhecimento sexual provêm de seus
lares ou igrejas. Isto quer dizer que cerca de 85% de tudo que o jovem sabe
sobre sexo, ele aprendeu na escola ou em conversas com colegas, ouvindo piadas
e histórias sujas, por meio de filmes, revistas, etc. Certamente, muitas dessas
fontes de informação não tem base bíblica e são orientações a partir do ponto
de vista da sociedade. Por isso, há uma necessidade urgente de os pais cristãos
desenvolverem uma filosofia cristã sobre sexo, e esforçarem-se para orientar os
seus filhos quanto a sexualidade e o plano de Deus para seu relacionamento
físico.
Hoje vivemos numa sociedade
permeada pelo sexo. Os meios de comunicação estão entupidos de mensagens alusivas
ao sexo ou a relações sexuais. No dia 24 de outubro de 1980, a Folha de São
Paulo publicou matéria intitulada "Liberados na TV os filmes para
adultos." . O artigo diz:
"O nu está liberado para
a televisão, a partir das 23h30, conforme norma adotada ontem pelo Conselho
Superior de Censura. De acordo com o órgão, tanto a nudez como os atos de amor
humano não constituem motivo de impedimento a espetáculos de televisão, nos
horários da última faixa etária, a menos que atinjam níveis de lascívia..."
Isso é um exemplo que prova
que vivemos numa sociedade saturada pelo sexo.
Recentemente recortei de uma
revista para jovens esta letra de uma música bastante popular. É
"Momentos", de Joanna e Sarah Benchimol. Ela diz:
Vou te caçar na cama sem
segredos E saciar a sede do desejo Deixar o teu cabelo em desalinho E me afogar
de vez em teu carinho Quero ficar assim por toda a noite A copiar teus traços
lentamente Deixar pousar meu beijo no teu corpo Deixar que o amor se faça
mansamente Vem ficar comigo no abandono desse abraço E
adormece no meu colo o teu cansaço Que é tão difícil um momento para nós dois
Vem e traz contigo esta paz tão esperada Faz desta noite uma eterna madrugada E
só desperta quando a vida adormecer. "
Os jovens estão sendo
bombardeados com sexo através de todos os meios de comunicação. Os comerciais
da TV enfatizam o sexo nas suas propagandas, bem como, nas revistas, jornais e
livros. É difícil para um jovem crente viver numa sociedade assim, sem se
contaminar com as suas atitudes. Diante de tal ataque, jovens crentes ficam
confusos quanto a como reagir e como saber qual é a vontade de Deus para eles.
Eles fazem perguntas como: "O sexo é sujo e só deve ser usado para gerar
filhos?", "Não é a relação sexual pré-marital justificável, se ela
vai me ajudar a entender como meu namorado se sente em relação a mim?". Às
vezes jovens noivos me perguntam: "Jaime, nós vamos casar logo, não seria
bom ter relação sexual para aprendermos como amar melhor no casamento?"
Jovens namorados raciocinam do seguinte modo: "A relação sexual no namoro
é importante porque através desta intimidade você pode descobrir se tem ou não
compatibilidade."
Alguns jovens acham que é
errado ter relação sexual pré-conjugal, mas não vêem nenhuma razão porque não
desenvolver certa intimidade física, e até mesmo levar seu parceiro a um clímax
sexual. Outros acham que podem "fantasiar" com seu namorado ou sua
namorada. E a masturbação, é prejudicial? Ela vai contra a Palavra de Deus?
Estas — e centenas de outras
dúvidas — estão na mente do jovem adolescente. Há uma resposta de Deus para
tais dúvidas? Será que Deus nos deixou sem uma orientação sadia a respeito
desta área tão importante na vida das pessoas? Quero responder a essa pergunta
de uma maneira categórica: "Sim! A Bíblia tem muito a dizer sobre sexo!
Ela não é um manual de sexo, mas quando fala do assunto podemos ter a certeza
que ela é atual e relevante." Quando Deus criou o homem e a mulher, macho
e fêmea, o registro de Gênesis diz: "...eis que tudo era bom..." (Gênesis
1.31). Conforme o desígnio e a sabedoria de Deus, a nossa sexualidade foi
estabelecida para a procriação da raça humana no contexto do relacionamento do
casamento. A Palavra de Deus nos dá a melhor perspectiva sobre o sexo. Não é
uma perspectiva distorcida e negativa como a filosofia puritana, nem como a
"nova moralidade" que deixa de lado o padrão de Deus sobre moralidade
e sugere uma "liberdade" completa na expressão dos desejos sexuais.
Deus nos criou seres sexuais para o bem-estar do homem e da mulher, e é Seu propósito
que entendamos o plano d'Ele para a nossa vida. Em Gênesis 2 nós lemos sobre o
primeiro casamento, o de Adão e Eva. No versículo 24, as Escrituras descrevem
este casamento, usando duas palavras importantíssimas:
"Por isso deixa o homem
pai e mãe, e se une à sua mulher, tomando-se os dois uma só carne. "
A primeira palavra é "deixa".
O homem deixa, emocionalmente, de ser filho e se torna marido.
Semelhantemente a mulher deixa, emocionalmente, de ser filha e assume o papel
de esposa. Quando não há este "abandono" emocional, há problemas no
casamento, especialmente relacionados com os sogros. A segunda palavra é "une".
No hebraico significa "cimentar". Sabe, jovem, o plano original
de Deus é que duas pessoas casadas expressem o seu amor mútuo e desfrutem dele
através do ato sexual. O plano de Deus não é separação ou divórcio. O
relacionamento é para sempre, até que a morte os separe. Foi isso que Jesus
Cristo quis deixar claro em Mateus 19, quando alguns fariseus vieram
a Ele e o experimentaram, perguntando:
"E lícito o marido
repudiar sua esposa por qualquer motivo"?"
Naquela ocasião Jesus
respondeu:
"Não tendes lido que o
Criador desde o princípio os fez homem e mulher?"
E depois Ele citou a passagem
em Gênesis 2:
"Por esta causa deixará o
homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne, de
modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou
não o separe o homem."
Os fariseus não ficaram
satisfeitos com a resposta, e perguntaram a Jesus:
"Por que, então, Moisés
mandou dar carta de divórcio e repudiar?"
Jesus respondeu:
"Por causa da dureza do
vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres, entretanto,
não foi assim desde o princípio. "
No plano original e perfeito
de Deus a separação só era permitida através da morte. Deus permitiu o divórcio por causa da
dureza dos corações do povo de Israel, mas esse não é o Seu plano original e
perfeito. Somente o noivo e a noiva que "deixaram" e "se
uniram", tornando-se uma só carne, realmente podem desfrutar, dentro do
plano de Deus, do relacionamento sexual. Em Gênesis 2.25 nós lemos:
"Ora, um e outro, o homem
e sua mulher, estavam nus, e não se
envergonhavam. "
Aqui se trata de um período de
inocência. Não havia pecado no mundo. O homem andava em perfeita comunhão com
Deus e um com o outro. Não havia nenhum embaraçamento ou vergonha no
relacionamento físico. Mas, quando entrou o pecado no mundo, o primeiro
resultado aparece em Gênesis 3.7: "Abriram-se, então, os olhos de
ambos, e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram
cintas para si".
Aqui está uma percepção
distorcida. O pecado anuviou a capacidade do homem de ver Deus como Ele é, bem
como, ao seu próximo e a si mesmo. Por isso ele, agora, encara a sua sexualidade
de uma maneira diferente. Quando Adão e Eva ouviram a voz do Senhor Deus,
procurando o homem no jardim, por volta do meio-dia, esconderam-se
da presença do Senhor, o Senhor perguntou: "Onde estás?". O
homem respondeu: "Ouvi a tua voz no, jardim, e, porque estava nu, tive
medo e me escondi". Aqui temos o primeiro registro de medo na Bíblia.
Medo do quê? Medo da nudez. Medo porque ele desobedeceu ao Senhor. Deus, então,
pergunta ao homem: "Quem te fez saber que estavas nu?. Desde aquele
dia o sexo tem sido deturpado pela pecaminosidade do homem. Deus criou o sexo
puro, uma expressão linda do relacionamento conjugai. Mas o homem — pecador e
corrupto — arrastou uma coisa linda que Deus criou para a lama dos seus
próprios pensamentos e prazeres. Somente quando estudamos a Bíblia é que
podemos ter um ponto de vista divino e voltar a desfrutar desta parte da
criação de Deus.
Eu gostaria de fazer cinco
observações sobre o sexo no casamento:
Primeiramente, o sexo é
restrito ao relacionamento do casamento. Eu não posso ser enfático demais
neste ponto, porque o jovem crente está sendo bombardeado diariamente por
idéias que parecem bonitas e lógicas a respeito do sexo pré-conjugal.
Numa pesquisa recentemente
realizada pela revista Manchete, entre jovens de 16 a 22 anos (de ambos os
sexos), nós descobrimos como o diabo tem saturado as mentes dos jovens de hoje.
Por exemplo, em resposta à pergunta: "Você já teve relações
sexuais?", 91% dos homens e 35% das mulheres responderam: "sim".
Este é um fato alarmante.
Uma outra pergunta foi a
seguinte: "Para você sexo é uma coisa natural que pode acontecer entre
duas pessoas a qualquer momento?". A esta pergunta, 53% dos homens e 35%
das mulheres responderam afirmativamente. Mas a pergunta mais assustadora da
pesquisa foi a de n° 15: "Você é a favor do amor livre?", 80% dos
homens e 71% das mulheres responderam "sim". Interessante essa
expressão "amor livre". De fato é uma contradição pois o amor nunca é
livre. E se for livre não é amor.
Amor exige compromisso,
promessa e fidelidade. Essas qualidades estão se desvanecendo na nossa
sociedade. Os casais, no altar das igrejas, fazem promessas que nunca pretendem
cumprir. Talvez você esteja dizendo: "Mas Jaime, esta pesquisa foi
realizada principalmente entre incrédulos". Eu respondo: "É verdade,
mas tenho verificado que muitas das atitudes e procedimentos do jovem incrédulo
tem sutilmente entrado na igreja e, pouco a pouco, estão tomando conta dos
jovens crentes."
Jovem, quando lá no altar você
for colocar aquela linda aliança no dedo de seu(sua) noivo(a), você
primeiramente estará dizendo: "Querido(a), com esta aliança eu lhe dou
todo o meu amor. Eu prometo ser fiel, e você será a única pessoa que terá o meu
amor."
A aliança é também um símbolo,
uma lembrança constante dos votos que vocês fizeram perante o Senhor e Sua
igreja. A Palavra de Deus é clara em mostrar isso, em passagens como:
Hebreus 13.4: "Digno de honra entre
todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula, porque Deus julgará os
impuros e adúlteros."
I Tessalonicenses 4.3-7: "Pois
esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da
prostituição, que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo, em santificação
e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus,
e que, esta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão, porque o Senhor,
contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é
o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e, sim, em
santificação."
I Coríntios 7.1-5: "Quanto ao que me
escrevestes, é bom que o homem não toque mulher, mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua
própria esposa e cada uma seu próprio marido. O marido conceda à esposa o que
lhe é devido, e também semelhantemente a esposa ao seu marido. A. mulher não
tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim, o marido, e também,
semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim, a
mulher. Não vos priveis um ao outro salvo, talvez por mútuo consentimento, por
algum tempo, para vos dedicardes à oração e novamente vos ajuntardes, para que
Satanás não vos tente por causa da incontinência. "
Portanto, o sexo, deve ser
desfrutado somente por aqueles que "deixaram", "se
uniram" e "se tornaram uma só carne". Qualquer outro
procedimento é simplesmente uma paixão carnal que Deus nunca poderá abençoar. A
prática do sexo fora do casamento só trará encrencas, desconfiança, frustrações
e infidelidade no casamento. Uma universitária chegou para mim, depois de uma
das minhas aulas para um grupo de jovens em São Paulo, e disse: "Sabe
Jaime, eu acho que Deus é um "quadradão" porque Ele proíbe justamente
a maior delícia da vida humana. Por que Ele nos criou assim, se Ele não quer
que desfrutemos disso?". Eu lhe respondi:
"Não concordo com você. O
fato de Deus nos ter dado a capacidade de sentir prazer sexual já demonstra que
Ele é um Deus que gosta de dar coisas boas para os seus filhos. Porém, há
limites estabelecidos por Ele para que esse dom possa ser desfrutado da melhor
maneira possível".
Um dia eu estava andando na
calçada com minha filha Melinda. Naquela época ela tinha aproximadamente quatro
anos. Passamos diante de uma vitrina em que motocicletas estavam expostas. Seu
olho caiu sobre uma motocicleta pequena. Ela a queria de todo jeito, pensando
que tinha capacidade de dirigir aquela máquina. Ela subiu na moto e seus pés
nem tocaram no freio. Eu, como pai, sabia que aquilo não era bom para ela e lhe
disse: "Querida, quem sabe um dia você poderá dirigir uma motocicleta mas,
papai, acha que você deve esperar."
O nosso Pai do Céu estabelece
limites em todas as áreas da nossa vida, não porque Ele é um
"quadradão", mas porque Ele nos ama e sabe o que é melhor para o
nosso próprio bem. Jovem, você está sendo tentado de todos os lados a viver o
seu namoro de acordo com os padrões da sociedade. Esses padrões porém, somente
produzem um relacionamento de conflito. Quando desenvolvemos no namoro e no
noivado uma unidade espiritual e emocional, e esperamos para desenvolver a
unidade física no casamento, estamos caminhando para um relacionamento de
liberdade.
Eu Amo Você
A segunda observação sobre sexo
no casamento é que ele é destinado a gerar filhos. A Palavra de Deus
nos diz em Gênesis 1.28: "E Deus os abençoou, e lhes disse: sede
fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a..."
Obviamente, um dos propósitos
principais da nossa sexualidade é poder gerar filhos e, portanto, obedecer a
ordem de Deus de multiplicação. O homem, sem dúvida, obedeceu esta ordem,
talvez, melhor do que qualquer outro mandamento de Deus. O nosso mundo está
caminhando para seis bilhões de habitantes. Sem entrar no assunto do
planejamento familiar e do uso ou não de anticoncepcionais, eu gostaria de
lembrar que a Palavra de Deus nos diz que: "os filhos são herança do
Senhor, e o fruto do ventre seu garlardão. Como flechas na mão do guerreiro,
assim os filhos da mocidade. Feliz o homem que enche deles a sua
aljava..." (Salmos 127).
Uma aljava cheia continha pelo
menos cinco flechas. Isto naturalmente não quer dizer que não se pode ser
abençoado com um ou dois filhos. Mas é importante frisar, no mundo tão egoísta
em que vivemos, que os filhos são uma bênção para qualquer família.
No relacionamento entre marido
e mulher, o ato conjugai foi designado por Deus para providenciar um meio de
expressar a profunda unidade entre o casal. Portanto, a terceira observação
sobre sexo no casamento e que ele é comunicativo. Há uma comunhão de
espírito quando há a união dos corpos. Isto pode explicar porque em Gênesis 4.1
o Espírito Santo achou por bem usar a palavra "conheceu". O termo
"conheceu" é a melhor maneira de expressar o ato conjugai. É a
intimidade proveniente da experiência de tornar-se "uma só carne". No
plano de Deus, o sexo foi designado para providenciar uma revelação total do
amado.
Quando o casal dá de suas
energias, seus sentimentos e afeições, num relacionamento físico, marido e
mulher experimentam uma comunicação íntima. Esse é o meio de
"conhecer" um ao outro. Cada vez que um casal, comprometido através
do amor conjugai, tem uma relação física, está celebrando a experiência de
"uma só carne."
As implicações práticas dessa
experiência são muitas, porque o ato conjugai não é somente um ato físico mas
também emocional e espiritual. Tenho conversado com casais que me dizem:
"Jaime, quando nós temos este relacionamento, nós nos sentimos mais perto
do Senhor do que em qualquer outra hora do casamento."
A idéia que prevalece nos
meios evangélicos é que o sexo é carnal e não pode ser considerado um exercício
espiritual. Mas as Escrituras nunca estabelecem tais categorias na vida cristã.
Agora, há o perigo de pensarmos que o casal somente precisa se comunicar nesta
área da vida. A comunicação é tremendamente importante no seu casamento e,
certamente, o ato sexual é uma pequena parte do todo.
Em quarto lugar, a nossa
sexualidade não visa somente gerar filhos e providenciar um meio de
comunicação, mas também proporcionar prazer conjugai. Uma moça que estava tendo
algumas dificuldades no seu relacionamento com o noivo, contou-me a seguinte
história: "Jaime, a minha mãe me ensinou, quando eu era garota, que o sexo
é sujo e. deve ser usado apenas para gerar filhos e que, para a mulher casada,
é "uma cruz" que ela precisa carregar durante os anos do casamento.
Filha, agüente firme,
"leve sua cruz, e Deus lhe dará forças". Não é de admirar que esta
moça estivesse encrencada com o noivo. Ele cria que o sexo não é sujo e que uma
de suas funções também é proporcionar prazer e bem-estar tanto do marido quanto
da esposa. Ela então perguntou: "Jaime, a Bíblia tem alguma coisa a dizer
sobre isso? Existe a possibilidade
dentro do plano de Deus de desfrutar do sexo sem o intuito de
procriação?". Eu falei: "Sim,
a Bíblia é abundantemente clara ao dizer que Deus designou o sexo para ser
também um meio de prazer".
Os escritores da Bíblia, às
vezes usando uma linguagem poética, descrevem os órgãos genitais, os impulsos,
energias e desejos sexuais. Uma ilustração deste fato encontramos em Provérbios
5, onde o grande sábio Salomão exorta seu filho sobre os perigos da mulher
adúltera e exalta as delícias da expressão sexual com a esposa.
Nos versículos 1 e 2, Salomão
chama a atenção do filho, porque a instrução que tem para dar é fundamental
para sua vida de casado: "Filho meu, atende à minha sabedoria: à minha
inteligência inclina o teu ouvido, para que conserves a discrição, e os teus
lábios guardem o conhecimento".
Nos versículos 3 a 6 ele
descreve a mulher adúltera, ou prostituta: 'Porque os lábios da mulher
adúltera destilam favos de mel, e as suas palavras são mais suaves do que o
aceite, mas o fim dela é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois
gumes. Os seus pés descem à morte, os seus passos conduzem-na ao inferno. Ela
não pondera a vereda da vida, anda errante nos seus caminhos, e não o sabe."
Nos versículos 7 a 14 ele
exorta o filho quanto aos perigos de uma vida de promiscuidade: "Agora,
pois, filho, dá-me ouvidos, e não te desvies das palavras da minha boca. Afasta
o teu caminho da mulher adúltera, e não dês a outrem a tua honra, nem os teus
anos a cruéis, para que dos teus bens não se fartem os estranhos, e o fruto do
teu trabalho não entre em casa alheia, e gemas no fim de tua vida, quando se
consumirem a tua carne e o teu corpo, e digas: Como aborreci o ensino! E
desprezou o meu coração a disciplina. E não escutei a voz dos que me ensinavam,
nem a meus mestres inclinei os meus ouvidos. Quase me achei em todo mal, que
sucedeu no meio da assembléia e da congregação. "
Cuidado! "Afasta o teu
caminho da mulher adúltera e não te aproximes da porta da sua casa".
Jovem, que mensagem atual! Qual é o caminho da mulher adúltera? Em qual esquina
está seduzindo os homens que passam? Em qual praça? Em qual casa? Salomão diz: 'Afasta-te
do seu caminho, para não dares o vigor da tua juventude a uma estranha, nem os
teus anos a cruéis". E Salomão continua: "Filho, se não
obedeceres às minhas palavras, lamentarás no fim da tua vida, quando se
consumirem a tua carne e o teu corpo." E aqui o grande sábio se refere
a doenças venéreas.
"Como aborreci o ensino e
desprezou o meu coração
a disciplina." Quantos jovens olham para trás
e gostariam de apagar essas experiências amargas da vida. O pai fala tudo isso
a seu filho para que ele possa contrastar este procedimento com as delícias e
prazeres da relação física no plano de Deus. No versículo 15, Salomão usa as
expressões "cisterna" e "poço". A "cisterna" era
um depósito onde se podia matar a sede com as águas cristalinas do poço.
Salomão exorta o seu filho a beber da sua própria cisterna e das correntes do
seu poço, ou seja, satisfazer-se com a sua esposa. Deus está dizendo que o
prazer sexual se encontra na própria casa, com seu próprio marido e esposa. As
forças sexuais não podem ser espalhadas desordenadamente pelas ruas e praças da
cidade.
"Sejam para ti", a Palavra de Deus nos diz. Ele
não deve abraçar a adúltera, mas sim a sua esposa.
"Seja bendito o teu
manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade":
Essa é uma expressão de
alegria, gozo e prazer. Certamente não se refere a "uma cruz" que a
mulher tem de carregar, algo que ela tem de agüentar. Salomão usa até animais
bonitos — "corça de amores e gazela graciosa" — para descrever
uma experiência de alegria e profunda satisfação.
"Saciem-te os seus seios
em todo o tempo, e embriaga-te sempre com as suas carícias." A palavra
embriagar tem a idéia de ficar intoxicado ou extasiado. A idéia principal é que
a pessoa fica envolvida neste ato, sendo transportada com encanto no amor do
cônjuge. Você será transportado, banhado e embrulhado no amor do seu cônjuge. E
o êxtase de um no braço do outro não é nada mais nada menos do que uma
expressão de prazer, gozo e alegria.
Agora, vamos voltar à noiva
que falou comigo. Eu quero que você saiba que, por causa daquela conversa, ela
recebeu uma nova perspectiva sobre o sexo. Hoje, ela e seu marido desfrutam de
um relacionamento físico bem ajustado. Eles têm um lar muito feliz, juntamente
com seus dois lindos filhos.
O livro de Cantares de Salomão
é uma expressão do amor físico de duas pessoas que se amam muito. Sim, a nossa
sexualidade também foi criada para o prazer e alegria do casal. É importante
que o casal desenvolva uma mentalidade saudável sobre este setor tão importante
da vida.
A quinta observação que eu
gostaria de fazer sobre o sexo no casamento é que o sexo é uma
experiência de dar. O amor "eros" é o amor sexual no casamento. Isso é
Importante, mas esse tipo de amor precisa ser permeado pelo amor
"ágape", que é o amor de Deus. O amor de Deus se manifesta em dar: "Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu..."
A principal característica do
amor, portanto, é que ele dá. É a mesma palavra que encontramos em Efésios
5.25. Paulo, falando aos maridos diz: "Maridos, amai vossas mulheres
como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela."
Quando o relacionamento é
governado pelo amor "ágape", qualquer problema no relacionamento
físico será superado.
Em I Coríntios 7, o apóstolo
Paulo precisava tratar de um problema de impureza sexual dentro da igreja de
Corinto. Precisamos lembrar que os crentes de Corinto foram convertidos de um
paganismo que exaltava sobremodo o sexo e incluía a prática de relações
sexuais dentro dos seus próprios cultos de adoração aos deuses. Chegou a haver
mais de mil prostitutas-profetisas. Elas eram usadas no tempo em Corinto dedicado
à deusa Afrodite. Corinto era uma cidade extremamente pecaminosa e tinha a
reputação de praticar excessos sexuais e toda espécie de imoralidade.
Paulo nos diz em I Coríntios
6.9-11 que os crentes convertidos tinham sido fornicadores, adúlteros, idolatras,
homossexuais, etc. Não é difícil entender por que Paulo precisou exortar e
instruir várias vezes a igreja de Corinto sobre a prática da pureza moral. Por
esta razão Paulo, falando do relacionamento físico, exorta em I Coríntios 7.5.
"Não vos priveis um ao
outro. "
Não há lugar para o egoísmo no
relacionamento físico no casamento. Esta ordem é especialmente importante
quando há tantas tentações para se adulterar na nossa sociedade. Satanás
procura causar encrencas e dificuldades no relacionamento físico para aumentar
a tentação que levará para alguma espécie de promiscuidade.
No versículo 1, Paulo está
reconhecendo que a igreja de Corinto havia escrito uma carta pedindo orientação
a respeito do relacionamento físico. Ele reconhece também a tentação na área da
imoralidade sexual. Ele está admitindo que o marido e a esposa têm necessidades
sexuais e emocionais que devem ser satisfeitas no relacionamento do casamento.
"Mas, por causa da
impureza, cada um tenha a sua própria esposa e cada uma o seu próprio
marido."
No versículo 7 Paulo expressa
um desejo: que Nulos os homens sejam tais como ele. Paulo era viúvo, ou
solteiro, mas ele sabia que, na prática, isso não seria possível, por que os
impulsos sexuais do homem são tão fortes que não permitem que ele fique
solteiro. Por isso ele diz no versículo 9:
"Caso, porém, não se
dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado."
Por causa da dinâmica
biológica do homem, há necessidade de alívio sexual. A mulher não tem os mesmos
impulsos sexuais que o homem. Isso não quer dizer que ela não é sexual. Ela é
tão sexual quanto o homem. Embora não tenha os mesmos impulsos do homem por
causa da sua dinâmica biológica, ela também tem necessidades físicas e
emocionais.
No versículo 3 o apóstolo
primeiramente exorta o marido a conceder à sua esposa o que lhe é devido. É uma
divida que o marido tem para com sua esposa. Na nossa sociedade temos a idéia
de que a mulher foi "criada para o homem". Num certo sentido isso é
verdade. Mas nunca deve-se pensar que a mulher foi criada para ser um
instrumento de prazer ou um brinquedo para a satisfação do homem. A Bíblia
nunca apresenta tal quadro; e Paulo, muito justamente, fala
primeiramente aos maridos e depois às esposas. Paulo sabia muito bem que há
tensões I impulsos sexuais que devem ser aliviados dentro do relacionamento
conjugai.
No versículo 4 Paulo novamente
está tomando o cuidado de expressar igualdade:
"A mulher não tem poder
sobre o seu próprio corpo, e, sim, o marido; e também, semelhantemente, marido não
tem poder sobre seu próprio corpo e, sim, a mulher."
Basicamente o que Paulo está
dizendo neste versículo é que cada parte é responsável em colocar como
prioridade as necessidades sexuais do outro. Em outras palavras, o corpo da
mulher pertence ao marido, e o corpo do marido pertence à esposa. A palavra "poder"
no versículo 4 poderia ser traduzida por "autoridade". Para que
isso aconteça, não pode existir simplesmente amor "eros", mas, sim,
amor "agápe". Este amor é paciente, é benigno, não arde em ciúmes,
não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, tudo sofre,
tudo crê, tudo espera e tudo suporta.
Muitos cônjuges usam o sexo
como uma arma para conseguir outras coisas no casamento. Por isso Paulo diz:
"Não vos priveis um ao
outro... "
E termina dizendo: "...para que
Satanás não tente
por causa da incontinência ou por falta de
autocontrole."
Quantas vezes o diabo consegue
vitórias na vida de um casal por desobediência a esta ordem bem simples de Paulo.
Também quero dizer que há uma
necessidade de autocontrole, especialmente por parte do marido, em pelo menos
três situações da vida conjugai:
1) o período um pouco antes e depois do
nascimento de um filho;
2) o período menstrual da esposa;
3) no caso de algum problema fisiológico da
esposa que, então, deve ser tratado e resolvido por um médico de confiança.
No versículo 5, Paulo nos dá
uma exceção além daquelas que acabei de apresentar. Vamos imaginar que você é
casado e no domingo à noite você ouviu uma mensagem desafiadora do seu pastor
sobre a necessidade de uma vida intensa de oração. Você se sentiu tocado. Chega
em casa e fala para o seu marido ou esposa: "Querido(a), vamos jejuar por
um mês na área sexual do nosso casamento para
que eu possa
dedicar-me intensamente ao exercício espiritual da oração". Paulo está
dizendo: "Você não pode tomar uma decisão assim". Ele diz: "Por
mútuo consentimento". Isso significa, uma convicção que os dois têm e
uma concordância completa quanto à necessidade de cessar a atividade sexual por
algum tempo com um propósito espiritual, que é oração.
Certo marido falou comigo:
"Pr. Jaime, eu estou enfrentando dificuldades com a minha esposa nesta
área da minha vida. Quando ela percebe que eu quero ter relação sexual, ela
arranja qualquer desculpa: dor de cabeça, preocupações, dores menstruais, etc.
Ela me diz: "Querido eu sinto que preciso ler a Bíblia e orar. Pode ir
para a cama que eu vou mais tarde". O amor é sensível às necessidades do
parceiro.
Esposas têm me falado,
referindo-se a esta área da vida conjugai: "Pr. Jaime, ele me pega, me usa
e me joga". Muitas esposas tem encarado o ato sexual como uma
"cruz". Ás vezes, por questão de ignorância por parte do marido, que
não compreende que o período de despertamento da mulher para conseguir o
orgasmo e bem mais longo do que o do homem. Outras vezes não é questão de
ignorância, mas falta de paciência e sensibilidade do marido para com a esposa.
O período de esfriamento da esposa é mais vagorosa, e, portanto, o homem
não deve ifastar-se dela logo, porque, procedendo assim, ela pode sentir-se
como "uma coisa" para o prazer dele. Para a mulher o ato conjugai é
muito mais emocional do que para o homem. Ela se envolve muito mais
emocionalmente do que o marido. Portanto, é importante manter um ambiente de
amor, bondade, carinho e compreensão dentro do lar, não somente na hora do
relacionamento físico, mas em todos os níveis de relacionamento.
Quando o casal compreende que
o ato sexual é para duas pessoas que "deixaram" seus pais, "uniram-se"
e "tornaram-se uma só carne" e que ele é comunicativo,
recreativo e um meio de gerar filhos e proporcionar prazer a ambos, será bem
mais difícil Satanás conseguir vitórias no relacionamento conjugai. O casal que
tem essa mentalidade não dá chance para que o inimigo ataque nesta área.
Infelizmente recebemos de
nosso passado uma bagagem distorcida sobre o sexo. Um dos desafios para os pais
cristãos e para a liderança da igreja é desenvolver atitudes bíblicas sobre a
sexualidade humana e abrir o jogo com seus filho para que eles tenham uma vida
feliz e saudável e possam, assim, construir famílias totalmente cristãs.
"Senhor, fomos criados
para o teu louvor e para a tua glória. A tua Palavra nos diz quando criaste o
homem: ' Viu
Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.' Senhor, sabemos que a nossa
sexualidade foi criada para o bem-estar do homem e da mulher. Reconhecemos que
o sexo é santo, puro e, portanto, não precisamos Ter vergonha da nossa
sexualidade.
Senhor, vivemos num mundo
saturado pelo sexo e é difícil para nós termos um conceito puro e lindo sobre
esta área da nossa vida. Por isso, ajuda-nos a entender o e teu ponto de vista
e a desfrutar a nossa sexualidade no casamento, como tu planejaste. Amém".
capítulo 7
O que fazer com os impulsos sexuais?
"Não vos sobreveio
tentação
que não fosse humana; mas Deus
é fiel, e
não permitirá que sejais
tentados além das
vossas forças; pelo contrário,
justamente com
a tentação, vos provera
livramento, de sorte
que a possais suportar," (I Coríntios 10.13)
palestras sobre o sexo diante
de uma perspectiva bíblica um jovem chegou para mim e perguntou: "Jaime,
você falou sobre o significado do sexo no casamento. Como fica a situação do
jovem solteiro que ainda não tem esposa para expressar sua vida sexual? Como ele
controla os impulsos que Deus lhe deu? "
Quero dedicar este capítulo a
este assunto, porque creio que Deus providenciou meios para que o jovem
solteiro viva uma vida santa e pura perante o Senhor. O impulso sexual é um
instinto, uma resposta automática às circunstâncias ou situações estimulantes.
Esses instintos exigem ou demandam gratificação imediata. Se nós deixamos estes
instintos poderosos dominarem a nossa vida, nos tornamos escravos deles. E, uma
vez que os nossos impulsos sexuais ganharam o controle dos nossos sentimentos e
conduta, dificilmente irão nos abandonar.
Como é que podemos viver com
esses desejos poderosos e ainda agradar a Deus? A maneira como tratamos esses
instintos estabelece um padrão para a maneira que trataremos outras crises emocionais
mais tarde em nossas vidas. Fisicamente falando, a atividade sexual, é uma das
expressões mais íntimas possíveis ao ser humano. Não é um brinquedo. Não é um
" iô-iô psicológico" que pode ser sacado do bolso para preencher o
vazio quando estamos sem fazer nada.
O impulso sexual é tão forte
que é capaz de anuviar a nossa capacidade de pensar e de julgar. Pode levar um
homem a ser desonesto, ladrão, homicida e até a gastar sua fortuna em busca de
satisfação. O impulso sexual não é bom nem
mau em si mesmo, tudo depende como o encaramos e o usamos. Ele não pode ser
ignorado, nem negligenciado. Todo jovem precisa enfrentar esta força com
objetividade, reconhecendo que é uma dádiva de Deus para o bem-estar dele. Não
deve esquecer, entretanto, que o impulso sexual pode se tornar uma arma na mão
do diabo para destruí-lo.
A seguir, dou algumas
sugestões práticas para você controlar os seus impulsos sexuais:
1) Tenha certeza que Jesus
Cristo é o seu Salvador e Senhor pessoal. A Palavra de Deus nos diz em João 1.12: "Mas,
a todos quantos o receberam, deu-lhe o poder de serem feitos filhos de Deus, a
saber: aos que crêem no seu nome. "
De acordo com a Palavra de
Deus, quando você recebe Jesus como Salvador e Senhor, Deus lhe dá o poder, a
capacidade para viver uma vida sobrenatural como filho d'Ele. O Espírito Santo vem habitar dentro de você.
"Portanto, os que estão
na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne mas no
Espirito, se de fato o Espirito de Deus habita em vós. E se alguém não tem o
Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado,
mas o espírito é vida por causa da justiça. Se habita em vós o Espírito daquele
que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo
Jesus dentre os mortos, vivificará também, os vossos corpos mortais, por meio
do seu Espírito que em vós habita."
Assim você pode viver uma vida
que agrada a Deus. Sem o poder sobrenatural do Espírito de Deus em sua vida
você nunca poderá viver conforme os princípios e padrões de Deus.
2) Reconheça o conflito que há
em você.
"A carne para nada
aproveita, é o espírito que dá vida."
Gaiatas 5.16-17 nos diz: "Digo,
porém: Andai no Espírito, e jamais sofrereis as concupiscências da carne.
Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito contra a carne, porque
são opostos entre si; para que não façais o que porventura seja do vosso
querer. "
Paulo está dizendo que existem
duas naturezas dentro de cada crente: a natureza adâmica (velha), que recebemos
quando nascemos fisicamente, ou seja, aquela tendência de rebelião contra Deus;
e a nova natureza, o homem novo, que surge quando o Espírito de Deus vivifica o
nosso espírito, é a parte da nossa vida que quer agradar a Deus.
Paulo está dizendo que essas
duas naturezas estão em guerra uma contra a outra. A velha natureza quer ganhar
supremacia para satisfazer as obras da carne, enquanto que a nova natureza quer
agradar a Deus. Todo crente experimenta esta luta constante na sua vida.
Eu gosto de comparar esta luta
com dois cachorros: um preto e um branco. O cachorro preto simboliza o velho
homem e o cachorro branco representa o novo homem. Estão, numa briga
feroz, eu pergunto: "Que cachorro ganhará?". Você responde: "O
cachorro branco, claro". Na verdade o cachorro branco deve ganhar. Mas a
realidade na vida do jovem é que geralmente o cachorro preto vence. Por quê?
Porque o cachorro que nós alimentamos é o que naturalmente vai ganhar; aquele
que nós deixamos passar fome não terá forças para lhe resistir. Como nós
podemos alimentar o cachorro branco?
A vida cristã exige disciplina
em algumas áreas, como por exemplo: meditação e aplicação da Palavra de Deus na
nossa vida. Quando não permitimos que a Palavra de Deus fale ao nosso coração e
mexa com as nossas vidas, estamos dando lugar para que o diabo atue em nós,
isto é, estamos alimentando o cachorro preto. Se nós não selecionamos bem a
nossa literatura e os filmes que assistimos, podemos, através
desses meios, poluir a nossa mente e coração, e, assim, alimentar o velho
homem. Nunca devemos esquecer que há um campo de batalha no nosso coração e que
o nosso ego gostaria de tomar conta dos nossos sentimentos, emoções e
comportamentos.
3) Você deve reconhecer que a
batalha começa com o controle da mente. Em II Coríntios 10.3-5, o apóstolo Paulo nos diz o
seguinte: "Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a
carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim, poderosas em
Deus, para destruir fortalezas, anulando sofismas e toda altivez que se levante
contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo pensamento à obediência de
Cristo. "
Paulo diz: "As armas
da batalha não são carnais, mas, poderosas em Deus." A questão é usar
armas adequadas nesta batalha espiritual. Em Efésios 6.10-17, Paulo nos dá uma
lista das armas com que devemos nos munir para "destruir fortalezas.
"
O que é uma fortaleza? A
música pode ser uma. A música moderna (estou-me referindo mais ao "Rock
and Roll" pesado) está sendo muito usada pelo diabo para atingir a mente e
moldar as atitudes e procedimentos dos jovens aos padrões deste
mundo. Conheço jovens que chegam do colégio, vão diretamente para seu quarto e
ligam o "sonzão". Ficam durante horas curtindo letras que só podem
ser prejudiciais, por serem antibíblicas.
Num estudo que fiz sobre
"Rock and Roll", descobri quatro temas principais e recorrentes no
rock. O primeiro (e principal) tema é o sexo. Qualquer jovem honesto e
observador concordará comigo que as músicas têm sugestões sexuais que, às
vezes, são declaradas abertamente. Em segundo lugar, proclamam a rebelião
contra as autoridades. Em terceiro lugar, fazem apologia ao uso de drogas. E, em quarto, difundem o misticismo.
Todos esses temas estão sendo
apresentados do ponto de vista do deus deste século, que é o próprio diabo. Se
o jovem enche a "cuca" com esta filosofia de vida, não há
possibilidade dele controlar os seus impulsos sexuais, porque eles estarão
sendo constantemente alimentados de maneira errada.
Uma outra fortaleza é a fotografia.
Satanás procura estimular os nossos desejos através da pornografia. Algum tempo
atrás eu estava numa cidade do interior de São Paulo e fiquei hospedado na casa
de uma família cristã que tinha dois filhos: uma moça de aproximadamente 17
anos de idade e um rapaz de mais ou menos 20 anos. Eu estava cansado da viagem e
depois do almoço perguntei à dona da casa onde poderia tirar uma soneca. Ela me
ofereceu o quarto da sua filha que já estava no acampamento para onde eu iria
mais tarde. Quando abri a porta do armário para pendurar o meu terno,
encontrei, do lado de dentro da porta, um enorme quadro colorido de um homem
pelado.
Andando pelo corredor, passei
pelo quarto do rapaz. Neste havia um quadro semelhante, de uma mulher nua.
Perguntei a mim mesmo: "Será que esta é mesmo uma família cristã?".
Muitos têm alimentado a mente com a revista "Playboy" e outras do
gênero. Se alimentarmos o "cachorro preto", ele certamente vencerá.
Jovem, não há possibilidade de você vencer os seus impulsos, se você não consegue
controlar a sua mente.
Certa moça me telefonou
contando-me a seguinte história: "Jaime, meu namorado telefonou para mim,
convidando-me para assistir a um filme que eu sabia que era sujo. Eu o
questionei se devíamos assistir ou não a um filme dessa natureza. Ele veio com
o seguinte raciocínio: querida, nós devemos assistir para que saibamos o que os
nossos colegas do colégio estão assistindo, para que possamos
melhor entendê-los e, assim, ganhá-los para Cristo. Eu não fui com ele assistir
aquele filme. Mas depois fiquei pensando que talvez deveria ter ido. Afinal de
contas, raciocinei, o que um filme sujo vai fazer para nós?". Pelo
telefone, eu lhe assegurei que a sua decisão foi correta c certamente um
exemplo para o seu namorado.
O apóstolo Paulo continua
dizendo no versículo 5: "E, toda altivez que se levante contra o
conhecimento de Deus, levando cativo todo pensamento..."
Imagine que eu tenha um furo
na parte superior da cabeça (pode ser até que você pense que eu tenha mais que
um) e toda comunicação precise passar por este furo para atingir a minha mente
e o meu coração. Para ter sucesso, eu preciso tampar o buraco com a Bíblia e
permitir que somente os pensamentos que estão de acordo com o conhecimento de
Deus passem por ele e sejam considerados dignos de meditação.
Jovem, essa disciplina devemos
desenvolver na nossa vida cristã. Provérbios nos diz: "Como o homem
pensa na sua alma, assim ele é."
Paulo nos dá uma lista de
qualidades que devem ocupar os nossos pensamentos.
"Finalmente, irmão, tudo
o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é
puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se
algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento." (Filipenses 4.8)
4) Cuidado com as suas
amizades. A
Palavra de Deus nos diz: "Não vos enganeis as más conversações
corrompem os bons costumes."
Jesus perguntou: "Como
dois homens podem andar juntos se não há concordância?" Amizades
profundas podem exercer uma grande influência na vida do adolescente,
especialmente na faixa de 12 a 17 anos. Creio que devemos ter amizades
não-cristãs porque Deus nos descreve como luz e sal. A luz
precisa brilhar nas trevas e o sal precisa estar na sopa para dar sabor. Não há
dúvida de que não devemos isolar a nossa vida, com medo de contaminações.
Por outro lado, amizades
íntimas devem ser cristãs. Quando estava com 17 anos eu, às vezes, fumava e
bebia. Nunca me viciei, e, honestamente, não gostei de nenhum dos dois. Então,
por que eu o fiz? Por causa da pressão dos meus amigos. Eu sacrifiquei meus
"bons costumes" para ser aceito pelo grupo. Quando, com 18 anos de
idade, eu entreguei a minha vida a Jesus como meu Salvador e Senhor,
descobri que para ter bons amigos eu precisava ler alguns inimigos.
Amigo, cuide dos seus
relacionamentos íntimos, e isto o ajudará contra as muitas tentações. Enquanto
estou falando de amizades cristãs, quero adicionar uma palavra de advertência.
Evite ficar sozinho por longos períodos. e uma oportunidade muito grande
para a estimulação dos impulsos sexuais. Você estará abrindo sua imaginação
para centenas de fantasias que podem ser facilmente desenvolvidas. Conversando
com jovens, eles têm me falado que a tentação para se masturbarem vem
exatamente em ocasiões assim.
Certamente há horas em que
precisamos estar a sós. Estes períodos, porém, devem ser planejados com
atividades e projetos que vão ocupar os nossos pensamentos, mente e coração de
um modo sadio.
É importante ter alguns amigos
confidentes corri quem você pode desabafar, confessar suas tentações e pecados,
e orar. Todo jovem precisa ter amigos nas horas de lutas.
5 ) Não se coloque em
situações onde você poderá desenvolver pensamentos, atitudes e ações que não
agradem ao Senhor. Há jovens que preferem andar na beira
do barranco, em vez de andarem seguros longe do abismo. Por isso é tão
importante estabelecer alvos com o seu parceiro no início do namoro, medidas
que vão protegê-los contra as ciladas do diabo. Planejem atividade", que
envolvam participação em grupo. Procurem não sal muito sozinhos. Planejem
atividades sociais que proporcionem oportunidade para um maior conhecimento
mútuo.
Quando morávamos em São Paulo,
três moças estudantes do Instituto Bíblico Palavra da Vida moraram conosco
durante um ano. Uma das medidas que adotaram logo no início foi a seguinte: se
não houver outra pessoa em casa não convidem seus namorados para entrarem. Eu
gostei muito do bom senso que elas demonstraram mantendo esta regra, e,
portanto, prevenindo-se contra qualquer armadilha do inimigo. Precisamos
lembrar que-a vida cristã é uma batalha, e há necessidade de tomarmos medidas
drásticas nas nossas vidas para que possamos vencer o inimigo.
6) Confesse os seus pecados. Quando pecar, corra
imediatamente para a promessa de I João
1.9: "Se
confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça."
Lembre-se disto: apesar de não
sermos fiéis, Deus fiel. Quando
confessamos os nossos pecados, nós concordamos com Deus que pecamos. E o sangue de Jesus constantemente nos
purifica de todo
pecado.
provavelmente você já se
sentiu acusado e ameaçado pelo
"acusador" dos
irmãos. Lembre-se que Jesus não somente
morreu pelos nossos pecados
passados, presentes e futuros,
mas também levou a nossa
culpa. Não precisamos carregar um sentimento
de culpa que nos derrota, tirando-nos toda a alegria da vida abundante. Se você
cair, levante-se imediatamente, sacuda o pó da sua roupa e vá em frente tom
Jesus. Os longos períodos de remorso e derrota certamente levarão a outras
derrotas e não nos conduzirão para a vitória em Jesus Cristo.
7) Evite racionalização ou
justificativas. Todos temos, dentro de nós, um mecanismo que eu chamo de racionalização.
É aquela tendência de sempre se justificar, ou se desculpar, ou procurar um
meio para escapar de uma responsabilidade. Lembra-se do argumento sutil do
diabo para com Eva? Como uma "coisa boa pode ser má?". Esta
racionalização funcionou tão bem que Satanás a tem usado para seduzir o homem
desde a época dos nossos primeiros pais.
Isto não quer dizer que o
impulso sexual seja mau. E uma dádiva do Senhor e é bom em si mesmo. É uma das
possessões humanas mais preciosas e por isso precisa ser tratado com respeito e
cuidado. Os homens que procuram explorar os outros para seus próprios
interesses, escolhem uma das áreas mais vulneráveis das pessoas, que são os
seus instintos sexuais. Despido de toda dignidade e santidade, o homem tem
feito do sexo o fator principal de motivação e lucro.
Os exploradores do sexo
comparam a expressão sexual com o amor verdadeiro. Isto pode ser demonstrado,
por exemplo, através de uma música que comunica a idéia do amor sendo apenas
algo que sentimos passando uma noite juntos na cama. O sexo, sem dúvida, é uma
parte do conceito de amor. Quando Paulo descreve o amor em I Coríntios 13.4-7,
ao longo de suas 15 características, ele fala que o amor tipo "agápe"
é dar e não receber. Não encontramos naquele trecho precioso uma referência
sequer à expressão do amor no relacionamento físico. Às vezes, a maneira de
demonstrar amor é controlando os impulsos sexuais, porque uma atividade sexual
indiscriminada pode trazer sérias conseqüências.
8) Lembre-se das providências
divinas. Há
duas coisas que quero mencionar neste ponto.
A primeira, ligada à dinâmica biológica do homem: em um jovem sadio cada testículo
produz continuamente espermatozóides, que são lançados no epidídimo. O
epidídimo é um tubo em espiral, ligado à extremidade superior de cada
testículo. É, na realidade, um reservatório temporário para os espermatozóides.
Quando o reservatório está cheio, o esperma é impelido para fora de cada
epidídimo através dos respectivos canais condutores, para dois reservatórios no
interior do corpo chamados vesículas seminais. Quando as vesículas seminais
estão cheias, o impulso sexual da pessoa desperta e precisa ser aliviado. Deus
providenciou um meio físico de alívio deste impulso através de emissões
seminais noturnas, ou seja, a eliminação natural através da ejaculação de
espermatozóides. Isto vem, às vezes, através de um sonho e se relaciona com a
vida do subconsciente da pessoa. O jovem deve depender desta providência divina
de alívio como um meio de controle dos impulsos sexuais (eu sei que nem todos
os homens experimentam esta eliminação noturna).
Uma segunda área relacionada
às providências divinas se aplica a moças e rapazes e é chamada de
"sublimação" ou processo de despender e queimar energia sexual
através de exercícios físicos e mentais, atividades e projetos diversos. Sublimação é a defesa mental que deve ser
usada para transformar um tipo de procedimento inaceitável em um comportamento
aceitável. Desde que o instinto sexual é essencialmente físico, embora existam
implicações emocionais, também, uma das melhores maneiras de reduzir a pressão
é transformá-lo numa atividade física. Pode ser um passeio, jogar futebol ou
vôlei, ou um projeto que envolva criatividade. Desta maneira, você estará
soltando a válvula da panela de pressão.
9) Medite na Palavra de Deus. Se eu tivesse que escolher a
maneira mais importante de controlar o impulso sexual, seria esta. Quando eu
estava na faculdade aprendi um conceito que até hoje tem me ajudado. Quero
compartilhá-lo com você: "A Palavra de Deus afastará você do pecado, ou o
pecado afastará você da Palavra". Toda ênfase na importância da Palavra de
Deus em sua vida é pouca. E fundamental aquela hora silenciosa em que você abre
a Palavra de Deus, lê e medita nela. Cuidado para que isso não se torne um
amuleto, nem em algo mecânico onde a pessoa pensa que o hábito vai garantir a
vitória na vida. Por outro lado, não caia no erro de pensar que não é
importante uma disciplina na Palavra e na oração diária. O salmista nos fala
que o homem feliz é aquele que tem prazer na lei do Senhor e nela medita de dia
e de noite.
"Antes o seu prazer está
na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Ele é como árvore
plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e
cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido." (Salmos 1.2-3)
Fui criado numa fazenda. Com
oito anos de idade já tirava, diariamente, leite de duas vacas. Uma das cenas
tia fazenda que mais gosto de lembrar é uma vaca deitada debaixo de uma árvore,
ruminando. A vaca tem três estômagos. Quando ela come a grama, ela não procura
mastigá-la. Depois de ter enchido o seu primeiro estômago, ela se deita e com
toda a calma se põe a mastigar, passando o alimento para os outros estômagos. A
vaca está literalmente "meditando" na grama. Ela está empenhada em
sentir o seu gosto e em mastigá-la cuidadosamente. É isso que precisamos fazer
com a Palavra de Deus. Precisamos comer, mas não engolir rapidamente.
Precisamos meditar na Palavra para que ela se torne parte integral do nosso
ser, transformando nossas atitudes e procedimentos.
A Palavra de Deus deve-se
tornar prioritária na nossa experiência cristã, transformando o nosso ponto de
vista no ponto
de vista divino.
Em vez de
nos conformarmos com este século, devemos renovar a nossa mente através
da meditação na Palavra de Deus.
Jovem, é impossível controlar
seus impulsos sexuais, se não há um compromisso sério com a Palavra de
Deus. O Salmista do Salmo 119.9,
pergunta a si mesmo: "De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu
caminho?"
E ele mesmo responde à sua
pergunta: "Observando-o segundo a tua Palavra."
Nós devemos avaliar o nosso
caminho à luz da Palavra. No versículo
11 ele nos diz: "Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar
contra ti. "
10) Lembre-se da promessa de
Deus: "E eis que estou convosco". Ele prometeu estar conosco na
hora da tentação, não importando quais sejam as circunstâncias ou situações.
Ele é fiel em nos socorrer na tentação e nos provera livramento, de sorte que a
possamos suportar. Quando a tentação chegar, ligue as suas antenas e procure a
providência do Senhor para escapar dela.
O instinto sexual não é uma
coisa que roubamos do estoque das bênçãos da casa do Senhor quando Ele não está
olhando. É uma dádiva que Ele nos deu
porque nos ama. Ele quer que nós desfrutemos de toda a nossa sexualidade dentro do
Seu plano e para a Sua glória. A minha oração é que essas 10 sugestões possam
servir de ajuda para que você ganhe vitória no controle dos impulsos sexuais.
"Senhor Jesus, viver com
estes sentimentos e impulsos sem desagradá-lo tem sido difícil. Confesso que
tenho tido dificuldade sexuais. Sei que esses impulsos, em si, são puros porque
foram criados por Ti. Senhor, quando vier o tentador, que eu me lembre de que
Tu és fiel e não permitirás que eu seja tentado além das minhas forças.
Ajuda-me a procurar a Tua provisão na hora do "fogo". Senhor,
aceita-me mesmo que eu tenha dificuldade em me aceitar como sou. Obrigado
Senhor. Amém! "
capítulo 8
Amor ou paixão?
"O amor é paciente, é
benigno, o amor não arde em
ciúmes, não
se ufana, não se ensoberbece,
não se
conduz inconvenientemente, não
procura
os seus interesses, não se
exaspera, não se
ressente do mal; não se alegra
com a
injustiça, mas regozija-se com
a verdade,
tudo sofre, tudo crê, tudo espera,
tudo
suporta." (I Coríntios 13.4-7)
uma das principais perguntas
que jovens me fazem na área de namoro é: "Como a gente sabe se está amando
de verdade?" Essa é uma boa pergunta.
Procurarei respondê-la,
fazendo uma comparação entre a definição bíblica de amor e uma simples paixão.
Há uma confusão muito grande
entre o que é amor verdadeiro e alguma coisa que a gente sente por uma garota ou rapaz. Quando um jovem
namora, ele tem sentimentos de amor para com a outra pessoa, mas, precisa tomar
cuidado para não perder a objetividade. Objetividade é a capacidade de avaliar
as coisas como elas realmente são em vez de se deixar manipular por sentimentos
ou paixões. Nem sempre é fácil para um jovem distinguir entre amor e paixão.
Essa é a razão pela qual muitos jovens tomam decisões apressadas. Eles perdem a
objetividade, casam com a pessoa errada e depois descobrem que o que sentiam
não era amor, mas, simplesmente, paixão romântica.
Deus é a única pessoa que pode
pensar de maneira totalmente objetiva, isto é, Ele toma decisões baseadas no
entendimento completo da situação. Deus tem uma "vista aérea" da
nossa vida. Recentemente tomei um avião de São Paulo a Curitiba. Chegando em
Curitiba, notei que o avião não estava indo direto para o aeroporto. Nós
ficamos sobrevoando a cidade durante uns 15 minutos. Eu estava sentado à janela
e pude ver a cidade toda ao mesmo tempo. Assim Deus vê a nossa vida. Ele é
capaz de olhar para o nosso passado e futuro ao mesmo tempo. Ele conhece todas
as nossas experiências, todos os fatos da nossa vida, e, sendo o nosso Criador,
o Seu conhecimento a nosso respeito é total.
Por isso Ele é capaz de dirigir a nossa vida. Cabe a nós esperar n'Ele,
para tomarmos decisões corretas em relação ao nosso namoro, noivado e
casamento. Agora, vamos ver a diferença entre amor e paixão. A paixão romântica
é o impulso emocional do amor. Ela se baseia num conhecimento superficial de
uma outra pessoa e ainda não passou pelas provas de tempo e circunstância. Não
há nada errado em você ficar apaixonado por alguém. De fato, é totalmente
válido. Eu me lembro dos primeiros meses do meu namoro com a Judith, quando eu
vivia "nas nuvens", de tão apaixonado!
No seminário, durante uma aula
de grego ou hebraico, meus pensamentos "voavam" a uma distância de
mais ou menos 8 km para uma loirinha linda de olhos verdes. Eu dormia com os
bilhetes dela debaixo do meu travesseiro. Após muitos anos de casamento eu e
Judith ainda temos nossos momentos de romantismo. No entanto, esta paixão tem,
agora, a base firme de um amor verdadeiro e profundo.
Aquela paixão inicial que você
sente tem de se tornar, gradativamente, um amor profundo que seja um alicerce
firme para o seu casamento. O mundo define o amor como um sentimento intenso de
duas pessoas que se consideram certas uma para a outra. Estes sentimentos se tornam tão fortes que o
casal conclui que deve-se casar. Quando, depois de 1, 2 ou 5 anos, o casal
perde este sentimento, tudo acaba em desquite ou divórcio. Nesses casos,
provavelmente, nunca houve amor...
Às vezes, somos contaminados
pelos conceitos e idéias do mundo que nos cerca. A sociedade constantemente
confunde paixão romântica com amor. Por exemplo: há canções populares que
transmitem a idéia de que amor é algo que duas pessoas sentem quando passam uma
noite juntos na cama. Este é o amor tipo "eros", amor sexual. Muitos
se casam com base nele. Tal tipo de amor nunca é suficientemente forte para
unir um casal em hora de crise. É o amor "ágape" que segura as rédeas
e fornece uma base sólida para um casamento feliz.
O amor é uma necessidade
emocional e um ato da vontade que responde a uma avaliação intelectual da
personalidade total da outra pessoa. Falando de amor enquanto um ato da
vontade, eu gostaria de recomendar a leitura de "Amor, Sentimento A Ser
Aprendido", de Walter Trobisch, publicado pela ABU Editora.
O amor não é simplesmente um
sentimento, uma emoção ou um momento de romantismo, mas algo proposital. Eu tomo uma decisão racional de amar a minha esposa.
Há momentos em que eu não sinto muito amor por ela, não sinto aquele
romantismo. Não é como o foi num sábado quando ainda estávamos namorando.
Subimos numa montanha alta do estado de Oregon e brincamos, um jogando neve no
outro. Contemplamos aquela linda paisagem; brincamos e nos abraçamos. Que
sentimentos de amor!
Deus, quando olhou para a
humanidade, não ficou emocional ou sentimentalmente comovido. A Palavra nos diz
que Ele nos amou primeiro. Não houve nenhuma emoção mas uma decisão racional.
Este tipo de amor possibilita a uma pessoa que já chegou a odiar alguém que
volte a amar esse alguém. Ele não está baseado nos sentimentos, mas, numa
decisão. Geralmente o mundo não encara o amor assim. Expressões como: "O
amor é cego"; "Amor à primeira vista", não se enquadram na
definição bíblica. Em I Coríntios 13.4-7, nós temos uma lista completa das 15
características do amor: "O amor é paciente, é benigno, o amor não arde
em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente,
não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal, não se
alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade, tudo sofre crê, tudo
espera, tudo suporta."
Não existe no mundo uma
definição melhor da amor verdadeiro do que a definição de Deus. Vamos
considerar cinco dessas características e compará-las com a paixão romântica.
O amor é paciente. O amor, que
é paciente, requer tempo para conhecer a outra pessoa, o seu caráter, seus
pontos fracos e fortes. Se você sente que ama alguém o tempo é seu maior amigo.
Você precisa de tempo para saber se ele (a) também é paciente e não perde a
calma. Isto não pode ser descoberto a curto prazo. É possível esconder certas
fraquezas por muito tempo e, às vezes, até entrar no casamento sem que o
cônjuge as descubra. Você também precisa de tempo para saber como ele(a) reage
às suas fraquezas, se as descobrir. Tempo para saber como ele (a) age quando a
sua vontade não é feita. Tempo para saber a sua reação à pressão que a vida
traz. Tempo para saber se a pessoa é organizada ou descuidada. Tempo para saber
como ele (a) reage à autoridade dos pais. Ela é respondona? Desobedece a seu
pai? Não demonstra respeito e honra pelos pais? Isso mostra como ela vai
reagir, futuramente, à autoridade do seu marido. Ele fala mal de sua mãe quando
vocês estão juntos? Ele a trata sem carinho e respeito? Um dia ele vai tratar a esposa como tratou a
mãe dele. Você precisa de tempo para saber se a pessoa é preguiçosa ou
trabalhadora; para saber se o namoro pode durar sem atividade sexual ou o
desenvolvimento de uma intimidade além dos limites de Deus. Para saber o que
ele(a) pensa sobre Deus, sobre Cristo e a vida cristã. Tenho descoberto no
trabalho de aconselhamento com noivos que muitos não conversam sobre assuntos
de grande importância para o casamento como, por exemplo, a maneira de educar
filhos. Depois de casados eles descobrem que existem grandes divergências nesta
área da vida familiar. O amor é sempre um processo de crescimento, e
crescimento precisa de tempo. Enquanto você está namorando, envolva-se em
várias atividades diferentes que colocarão você e seu parceiro em situações
reais. Isto lhes dará oportunidade para observar as reações de ambos em meio
dos vários tipos de pressões e circunstâncias.
A paixão tem a pressa de se
envolver roman-ticamente. O perigo da pressa é que a pessoa diz e faz coisas
para não perder a outra pessoa ou para conservar sentimentos que não durarão
muito tempo. A paixão romântica procura mudar a personalidade básica e o estilo
de vida do seu parceiro para colocá-lo dentro do tipo de pessoa que ele(a)
idealiza. O problema é que a paixão romântica
não pode mudar estas características negativas da outra pessoa. A mudança do
seu parceiro vem através de um amor profundo, da paciência e da submissão à
obra do Espírito. Permita-me ilustrar o
que estou dizendo.
Vamos imaginar que a sua
futura esposa não é boa cozinheira e vai queimar o feijão e o arroz todos os
dias, durante 40 ou 50 anos do seu casamento. Claro que seria muito bom se ela
aprendesse a fazer arroz e sem queimar. Você já pensou quanto arroz e feijão
queimados você teria que comer durante estes anos? O amor verdadeiro é capaz de
agüentar 50 anos de feijão e arroz queimados. Por outro lado, eu duvido que a
paixão romântica agüente um ano. Imagine seu futuro marido jogando a roupa suja
num canto do quarto e nunca colocando-a no baú. Você, moça, é capaz de viver
com um homem assim? Mas você diz: "Jaime, eu espero que ele mude!" E
eu respondo: "Eu também espero que ele mude. Mas, e se ele não mudar? Só o
amor real será capaz de levar você a ajuntar a roupa dele e colocá-la no lugar
certo.
O que estou querendo dizer é
que o amor verdadeiro aceita a pessoa como ela é e não como gostaríamos que ela
fosse. Esse é o amor de Deus para conosco.
Deus demonstrou o Seu amor para conosco tendo paciência, e não nos
manipulou como objetos. ( ) amor diz ao seu parceiro: "Eu aceito você como
você 6 agora". Nunca entre no casamento pensando que você vai mudar
características ou fraquezas do seu cônjuge. Aceite-o como ele é, e quando
houver mudanças para melhor, louve-o pelo seu crescimento. O amor é paciente.
Esta é uma das qualidades mais necessárias na vida conjugai.
1) O amor é benigno. A tendência da paixão
romântica é esquecer rapidamente os atos de bondade. Parece muito fácil ser
benigno no início do namoro, com alguém que você gosta muito. O amor genuíno
será provado através dos anos de lutas e provações que os dois passarão. O
problema com o relacionamento baseado na paixão é a inconsistência em dar de si
mesmo para o seu parceiro. Este relacionamento se desfaz facilmente, e, em vez
de ser algo agradável, torna-se um peso na vida do casal. O amor é uma coisa
maravilhosa porque está disposto a dar, dar e, ainda, dar.
Algumas sugestões sobre alguns
atos de bondade: 1) Passar tempo com os pais dela(e). Dizem que
quando você casa com ela(e),
também se casa com sua
família.
2) Ser um ouvinte paciente. Quantas vezes
gostamos de falar e queremos ser bem compreendidos. Mas "comunicação"
é uma rua de duas mãos. Aprenda a ouvir não somente com os ouvidos físicos, mas
também com os ouvidos do coração. Demonstrar interesse e atenção é uma arte e
uma necessidade num relacionamento feliz e seguro.
3) Estar disposto a fazer pequenas coisas para
ela(e). Você demonstra irritação ou indisposição em fazer coisinhas para
ela(e)? Se você respondeu "sim", eu tenho uma notícia para você: o
casamento não vai melhorar a situação.
Precisamos lembrar que o amor
é algo dinâmico, não estático. É como uma planta que precisa de cuidado. A
planta precisa de sol, água e fertilizante para que possa se desenvolver e dar
frutos. Neste ponto nós negligenciamos muito os nossos relacionamentos.
Pensamos que o amor verdadeiro vai-se desenvolver sem nenhum esforço de nossa
parte. Mas isso não acontece. Se você quiser que seu casamento fique chato,
cansativo, triste, uma palavra de aconselhamento: não fale nada para cuidar
deste aspecto dinâmico. Ele murchará e se tornará como muitos casamentos
atuais, ou seja, uma simples existência de duas pessoas debaixo do mesmo teto.
O amor foi-se desvanecendo e já não existe mais.
O amor, porém, demonstra na
vida cotidiana atoa de bondade que cuidarão da parte emocional de seu
relacionamento. Jovem, quando foi a última vez que você levou flores para a sua
garota? Não estou dizendo que você deve levar um buquê grande, porque as flores
são caras, mas é possível levar pelo menos uma flor para ela. O que é
importante é o sentimento. Ela sabe que você está pensando nela. Talvez você
pense que esses pequenos atos são bobagens. Mas descobri que a vida conjugai é uma
série de acontecimentos e o casal feliz é o casal que sabe intercalar
coisinhas, como flores, no meio desses eventos. Se você notar que a sua
disposição em dar é esporádica, pare e verifique se existe amor mesmo.
2) O amor não arde em ciúmes. A paixão romântica é
facilmente ameaçada e, portanto, possessiva e insegura. Este relacionamento é
baseado na emoção e não passou pela prova de tempo e circunstância. Uma pessoa
apaixonada sente que seu novo relacionamento requer tempo e atenção constante
para que o namoro valha a pena. Por causa disso esta pessoa pode ficar
chateada, ou hostil, ou até mesmo, ardendo em ciúmes, se outra pessoa ou
situação toma tempo do parceiro.
Não há nada mais irritante na
mocidade da igreja do que aquele casalzinho inseguro que fica isolado, sempre
abraçado, mesmo nas atividades com todo o grupo. Aquele tipo que, se a moça
começa a bater papo com um rapaz, ou com um grupinho de pessoas, seu namorado
(ou noivo) fica uma fera. E se, por outro lado, é o rapaz que conversa um pouco
mais com alguma moça, sua namorada já fica de "cara amarrada",
morrendo de ciúmes.
Um relacionamento de namoro é
bem sucedido quando duas pessoas com personalidades diferentes compartilham uma
com a outra tudo o que elas são, tudo o que elas fazem e seus sonhos para o
futuro. Enquanto duas pessoas crescem e compartilham entre si, é importante que
cada uma desenvolva outras amizades. Isso vai ajudar no crescimento enquanto
estão separados um do outro. O amor não é "autocentralizado" mas
"autocentralizado".
O amor real faz a pergunta:
"Como posso ajudar meu(minha) namorado(a) a crescer sem a minha presença
constante?" Você deve dizer: "Eu gosto de você, mas há algumas
atividades que você precisa fazer sem a minha presença. Há algumas ocasiões que
você deve passar com sua família. Algumas vezes, você deve estar com seus
amigos. Há um serviço que você pode
fazer na igreja sem mim. Às
vezes, você deve estar sozinho(a) para ler, orar, meditar". Lembre-se:
seu(sua) namorado(a) não é sua propriedade. Ele (a) pertence ao Senhor. Para
que ele (a) se torne um crente dinâmico, você precisa encorajá-lo e servi-lo.
Portanto, liberte seu(sua) namorado(a) para que isso aconteça!
3) O amor não se exaspera. O dicionário define
"exasperar" como: tornar áspero, enfurecido; irritar muito. A paixão
romântica baseia-se na emoção que não passou pela prova de tempo e
circunstância. A pessoa quer preservar o sentimento de amor, e,
consequentemente, os pontos de irritação são encobertos, para não precisarem
ser enfrentados. O amor verdadeiro não faz romantismo com as realidades da
vida, mas procura ser aberto, enfrentar as dificuldades e resolvê-las com
realismo. No meu trabalho de aconselhamento com casais, tenho percebido que no
início do relacionamento de muitos casais houve uma comunicação razoável. Com o
passar do tempo, os pontos de exasperação ou irritação dos cônjuges foram sendo
descobertos. Em muitos casos não houve coragem e honestidade para enfrentar,
conversar e procurar resolver a irritação. Portanto, pouco a pouco, os dois
foram-se fechando cada vez mais no seu recluso solitário. O amor verdadeiro confronta. Esse é um dos
preços de um casamento feliz e muitos casais não estão preparados para pagá-lo.
Permita-me fazer-lhe algumas
perguntas que o ajudarão a discernir se seu relacionamento é realista e honesto
ou não:
1) Há fraquezas em sua vida que você procura
esconder do seu parceiro, as quais, se descobertas, podem romper o seu
relacionamento?
2) Há assuntos controvertidos que vocês evitam
por terem medo de criar encrencas.
3) Seu parceiro tem fraquezas quanto a atitude
ou comportamento, sobre as quais gostaria de conversar com ele, mas tem medo?
Se você respondeu sim a
qualquer uma dessas perguntas, então seu relacionamento está necessitando de
mais objetividade e honestidade. O amor verdadeiro procura resolver a
exasperação. O amor sabe que todo relacionamento tem que passar por provações e
tempos difíceis. O amor sabe que fugir das dificuldades somente piorará a
situação. O amor real usará a tribulação para que o relacionamento se torne
mais profundo.
4) O amor não procura os seus
interesses. A pessoa apaixonada vive na
ilusão de que está suprindo as necessidades do seu parceiro quando, na
realidade, as suas próprias necessidades é que estão sendo supridas egoisticamente.
Quero dar cinco ilustrações para tornar claro o que estou dizendo. Descobri que
há várias razões porque os jovens namoram e se casam. Uma das razões é sentir-se
seguro. A moça encontra um rapaz e diz: "Encontrei o homem de minha
vida...O meu príncipe encantado!" Esta jovem provavelmente é tão insegura
que fica mais apaixonada pela segurança que o rapaz inspira do que propriamente
pelo rapaz.
Casar com base nisto
certamente lhe trará problemas. Se ele entrar em uma maré-baixa, financeiramente,
e perder aquela segurança que ela tanto almeja, o que acontecerá com o
casamento? Em segundo lugar, jovens se casam porque necessitam de atenção. Uma
moça encontra um rapaz que lhe dá bastante atenção. Ela fica superapaixonada
com a atenção que lhe é dedicada e, em vez de casar com um homem, se casa com
um conceito. Mas, o que acontecerá quando ele tiver que viajar e não puder lhe
dar atenção?
Alguns jovens namoram e se
casam por causa da posição social. Há jovens que namoram pelo simples fato do
parceiro ser realizado social ou financeiramente. O senso de realização vem
quando ele (a) sabe que está sendo cuidado(a) por alguém do sexo oposto. Isso
não é necessariamente errado, mas tome cuidado para que o seu desejo de
realização não tome o lugar de um amor genuíno. Nunca vou esquecer de certa
noiva que fez meu curso e descobriu que ela estava fora da vontade de Deus
porque o noivo dela não era crente e não tinha interesse nas coisas de Deus.
Ela chegou para mim, depois de uma aula, com lágrimas nos olhos, e disse:
"Jaime, acabei de desmanchar meu noivado e devolver minha aliança para
ele". Ela disse que foi doloroso e difícil mas que sentia uma paz interior
quanto a sua decisão. Eu fiquei contente com a coragem daquela moça, mas fiquei
triste quando ela me falou que ainda precisava enfrentar o seu pai e contar-lhe
o caso.
— "Meu pai vai ficar furioso ao saber
disso".
— "Por quê?" — perguntei à moça.
—"Meu pai sempre quis que
eu casasse com um homem de bons recursos financeiros e meu ex-noivo é esse tipo
de homem".
Que lástima aquele pai não ter
seus valores numa perspectiva correta. Jesus disse, falando sobre avareza, que
a vida de um homem não consiste da abundância de coisas que ele possui.
Cuidado, jovem, para não deixar o diabo convencê-lo de que esta é a base para
um casamento feliz.
Uma das tentações que um jovem
infeliz no seu próprio lar enfrenta é casar cedo para fugir do ambiente
familiar. Este vê uma oportunidade de fugir da situação infeliz no seu lar e se
casa sem amor genuíno. Isto é um grande erro pois sua situação pode se tornar
pior do que a anterior. Ele não percebe que um dos problemas da infelicidade de
seu lar é ele próprio. E, por não enfrentar com realismo a si mesmo antes de
casar, ele simplesmente estará levando o problema consigo para o novo lar.
Assim, é bem provável que seu problema irá se agravar.
Muitas vezes o casamento está
baseado na aparência física. O rapaz namora somente porque a moça é bonita.
Quero fazer algumas perguntas para que você possa meditar e avaliar a sua
motivação em relação à aparência de sua garota:
1) Uma vez casado, você acha que a aparência
dela vai ajudá-los a enfrentar uma provação?
2) Se você ficar irritado com ela, acha que a
aparência dela ajudará a
acalmar a sua raiva? Imagine-se numa hora de irritação: sai uma briga feia,
mas, naquele momento, você olha para os cabelos pretos, os olhos castanhos de
sua esposa e, então, como que num passe de mágica, sua raiva desaparece e você
se torna um homem humilde, manso e com disposição de perdoar... Que nada! A aparência
dela não vai ajudar nenhum pouco nesta hora.
3) Se a sua namorada sofresse um acidente e
ficasse deformada, você ainda a amaria? Conheço um homem que respeito muito.
Sua esposa dele ficou parcialmente paralisada após uma doença e precisava ser
cuidada como uma inválida. Ela ficou impossibilitada de exercer a sua função de
esposa e mãe. Um dia nossa família foi convidada para jantar com esse casal.
Quando chegamos, ele estava .descascando batatas, preparando o jantar. Isto
depois de um dia árduo no serviço. Na hora do jantar, ele a trouxe numa cadeira
de rodas para a mesa. Sabe gente, este é o amor que não procura os seus
interesses, não está baseado na aparência física.
4) Se você tivesse que ficar horas no telefone
conversando com sua(seu) namorada(o) em vez de estar com ela(e) fisicamente,
você ficaria "sem graça"? Em outras palavras, tem que haver uma certa
intimidade física no seu relacionamento para valer a pena?
5) Você acha que a sua
namorada gosta mais de um elogio sobre a sua aparência do que sobre sua
personalidade? Se ela está mais preocupada com a beleza exterior isto pode ser
uma "dica" de que o relacionamento precisa se aprofundar mais para
que seja amor verdadeiro.
Estas cinco características: o
amor é paciente, o amor é benigno, o amor não arde em ciúmes, o
amor não se exaspera e o amor não procura seus interesses, são
qualidades básicas para um relacionamento bem sucedido. Faça uma avaliação do
seu relacionamento e pergunte a si mesmo: será que estas características
existem na nossa vida de namoro e noivado? Será que nós estamos crescendo no
amor "ágape"?
Lembre-se, a decisão sobre com
quem você vai se casar é muito importante. Creia ou não, Deus está mais
interessado com quem você vai se casar do que você mesmo. Entregue esta área da
sua vida a Ele. Provérbios 3.5-6 nos diz: "Confia no Senhor de todo teu
coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os
teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas."
"Querido Pai,
eu amo a
minha namorada.
Entretanto, quando leio
a Tua Palavra,
especialmente quando Ela fala, sobre amor, surgem algumas dúvidas em minha
mente. O mundo tem-me ensinado que amar é passar uma noite na cama com minha
garota. E aí que eu fico confuso. Muitas vezes, Senhor, tenho amado porque
tenho recebido atenção e carinho da minha namorada. Reconheço que este é um
amor egoísta. Senhor eu abro o meu coração para que Tu o enchas com o Teu amor.
Eu quero amar de verdade, com o mesmo amor que o Senhor demonstrou para mim na
cruz. Ensina-me a amar de modo sacrificial, voluntário e completo. Em nome do
meu amado Senhor. Amém!"
"Lua-de-me" ou
"lua-de-fel"
"Eis por que deixará o
homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma
só carne," (Efésios 5.31)
certa vez um casal contou-me de seus amigos que
haviam casado há
pouco tempo e já estavam com problemas gravíssimos no casamento. Depois de
ouvir coisas tristes sobre o casamento deles, eu perguntei se eles sabiam alguma
coisa sobre a lua-de-mel daquele casal. Eu creio que alguns problemas,
especialmente no início do casamento, podem ser causados no período antes do
casamento ou na lua-de-mel. Eles me contaram o seguinte drama: "O
casamento deles foi mais ou menos às 19 horas, e até terminar a recepção e a
preparação para a viagem já eram 22 horas. Eles viajaram com outros irmãos
e parentes mais ou menos duas horas até chegarem ao local onde iriam passar a
noite, junto com os familiares. Como não houvesse espaço suficiente no lugar,
as mulheres tiveram que dormir num quarto e os homens em outro, incluindo o
novo casal.
No dia seguinte, o casal saiu
sem os amigos e parentes e foram para um acampamento onde pretendiam ficar
sozinhos por alguns dias. Mas, chegando ao acampamento, descobriram que a
Sociedade de Senhoras de sua igreja havia planejado um retiro no mesmo local.
Você imagina quanta atenção aquelas senhoras idosas mostraram àquela jovem
esposa, a ponto de o casal não ter tido muitas oportunidades de ficar a sós. Além
disso, eles também tiveram de dormir em um colchão velho, no chão.
Quando eu fiquei sabendo desta
"lua-de-mel", foi fácil para mim entender porque esse casal estava
com sérios problemas logo no início do casamento. Eu decidi adicionar este
capítulo ao meu livro porque creio que é de suma importância o que, na nossa
cultura ocidental, chamamos de "lua-de-mel". Não é meu propósito me
aprofundar neste assunto, mas dar algumas atitudes básicas e sugestões práticas
sobre este período tão importante da vida do casal.
Eu gostaria de começar dando o
porquê da lua-de-mel. Por que é costume passar uma, duas ou três semanas juntos
viajando no início do casamento? Naturalmente isto é um costume da nossa
cultura, e nem todas as sociedades têm esse hábito. Mas, pessoalmente, creio
que é uma ótima prática, pensando na preparação para a vida a dois.
A lua-de-mel é importante
porque é o início da experiência de "uma só carne". É importante
planejar bem esses dias tão preciosos na vida do casal, porque será uma
experiência marcante a ser lembrada com o passar dos anos. Há tanta preparação
para o casamento. Primeiramente no cartório e depois com aquela cerimônia linda
na igreja. Mas, o casamento só será consumado através da experiência de
"uma só carne". Isto acontece na cama, na primeira noite da
lua-de-mel. Portanto, há necessidade de muita preparação também para a
lua-de-mel. Num certo sentido, pensando no futuro do casal, é mais importante
do que a própria cerimônia na igreja.
Durante o período de namoro,
os namorados concentram-se no desenvolvimento da parte espiritual; no noivado,
na parte emocional e mental; e no casamento, na união física.
Muitas vezes, os noivos entram
no casamento com preocupações quanto a parte física. Esses medos estão, em
geral, relacionados mais com a noiva. Tais medos podem causar eventuais
problemas emocionais logo no início do casamento. Há pelo menos duas razões que
fazem uma mulher entrar no casamento com medo e incapacidade de gozar o
relacionamento físico.
Primeiramente, ela pode pensar
que o sexo é mau, sujo, e só deve ser usado para procriação. Esta atitude pode
causar uma incapacidade de resposta sexual na jovem esposa e, portanto, tirar a
alegria e o prazer que ela deve experimentar através de um relacionamento
normal com o marido. Pode ser que ela tenha aprendido isto através de sua mãe,
que nunca experimentou uma sensação de prazer e, portanto, transmitiu isso para
a filha. A filha entra no casamento com medo de se relacionar fisicamente com
seu marido.
Em segundo lugar, pode faltar uma
educação sexual adequada antes do casamento. A noiva deve estar "por
dentro" do assunto de sexo no casamento. Ela deve estar a par da natureza
sexual dela e de seu marido. Eu
gostaria de sugerir a leitura do livro "O Ato Conjugal", de Tim
LaHaye, algumas semanas antes do casamento. Há uma grande necessidade de
conversar com o (a) noivo(a) a respeito de assuntos sexuais, para que haja
compreensão. Isto vai ajudar o casal nas primeiras experiências sexuais na
lua-de-mel.
E importante lembrar que todo
casal, entrando no casamento, provavelmente terá alguns receios nesta área.
Isto é mais ou menos normal. Mas alguns destes medos e dúvidas podem ser
resolvidos através de uma conversa com um conselheiro qualificado, ou médico de
confiança, antes do casamento.
Todo jovem deve evitar pelo
menos dois extremos. O primeiro, achar que sexo é tudo. Isto quer dizer,
nada é mais importante que o relacionamento físico. Na verdade, o ato conjugai
é tremendamente importante no relacionamento do casal. Inclusive, se o casal
não tem um bom relacionamento nesta área, sem dúvida isto afetará as outras
áreas da sua vida conjugai. Ao mesmo tempo temos de tomar cuidado para não
darmos a ele demasiada importância porque o ser humano não é somente físico,
mas também emocional e espiritual. Com isto eu também estou afirmando que o ato
sexual é somente físico, é também emocional e espiritual. E essa é uma das razões porque é
importante.
O segundo extremo é justamente
o oposto: considerar que, sexo é nada. Ou seja, que o sexo é insignificante
e não tem nenhum valor no nosso relacionamento conjugai. Naturalmente esta
atitude é um perigo, porque Deus nos criou não somente com a capacidade de
procriar, mas, também, com a capacidade de expressar atenção e amor e comunicar
a unidade na experiência de uma só carne. Portanto, é uma parte importante e
não deve ser desprezada. Há uma necessidade fisiológica e emocional que deve
ser suprida através da expressão física.
Entendidos estes pontos, quero
fazer algumas sugestões sobre atitudes a serem tomadas pelo casal durante a
lua-de-mel:
1) Creio que nós já frisamos a
importância de um bom planejamento para a viagem de lua-de-mel. Naturalmente
esse planejamento deve ser feito em conjunto. O tempo da lua-de-mel, o lugar, a
situação financeira do casal, são detalhes importantes no planejamento.
2) Gostaria de sugerir que a lua-de-mel tenha
pelo menos cinco dias de duração e, no máximo, duas semanas. Eu, pessoalmente,
não creio que uma viagem de três meses pela Europa seja uma boa maneira de
começar a vida conjugai. Também creio que uma ou duas noites juntos não é
suficiente para dar um bom início à vida do casal.
3) Creio que não é aconselhável viajar muito na
lua-de-mel, especialmente depois da cerimônia do casamento. Geralmente o casal,
nos últimos dias antes do casamento, tem uma vida bem ativa e até cansativa,
preparando tudo para a cerimônia. A cerimônia em si, embora preciosa e
maravilhosa, é cansativa. E o casal, depois de receber todos os cumprimentos
dos parentes e amigos na recepção, está exausto. Portanto, o ideal é que a
viagem até o local da sonhada noite de núpcias esteja a mais ou menos uma hora
de distância do local do casamento.
Um dos propósitos da
lua-de-mel é conhecer um ao outro física, emocional e espiritualmente. Se este
período é cheio de viagens e mudanças, não há tantas oportunidades para andar
juntos, de mãos dadas, apreciando as paisagens, conversando intimamente, lendo
a Palavra e compartilhando algo dela, aprendendo a se relacionar fisicamente.
Creio que seria melhor achar um lugar bonito, afastado, sossegado, e ficar
alguns dias sem se preocupar com viagens.
4) Uma atitude que o casal
deve ter, pensando na primeira noite, é que a primeira experiência sexual é uma
das alegrias principais da lua-de-mel. No entanto, eles não devem esperar
realização total na primeira vez, nem, necessariamente, na primeira semana ou
mês. Muitas vezes os noivos têm fantasias sobre como vai ser o ato sexual com
seu amado. Isso é mais ou menos normal, mas a vida é um processo de
aprendizagem. Também deve ser lembrado que a realização e perfeição no
relacionamento físico leva semanas, meses e até anos.
Eu me lembro, quando estava
aprendendo a dirigir, de como soltava a embreagem e tentava coordená-la com o
acelerador. Nas primeiras vezes, quase joguei meu instrutor contra o pára-brisa
do carro. Agora, após 28 anos de prática, é muito difícil acontecer isso. Assim
como leva tempo aprender a dirigir um carro também leva tempo para conhecer seu
cônjuge. Portanto, se você ficar desapontado nas primeiras experiências,
pensando que não era como você havia idealizado, não desanime, porque isto é
natural. Provavelmente a esposa não
terá um orgasmo na primeira experiência, e se isto for o caso, ela não deve se
preocupar, nem o marido. Há uma membrana na abertura da vagina que
provavelmente será rompida quando o pênis entrar nela. Isto pode ser um pouco
doloroso para a esposa. Por isso há necessidade do marido tomar muito cuidado e
demonstrar muita paciência e compreensão, especialmente nas primeiras experiências.
Em Gênesis 4.1, a Bíblia nos
diz, referindo-se à experiência sexual de Adão e Eva: "Ei conheceu Adão
a Eva, sua mulher, e ela concebeu..." A Bíblia se refere a este ato
através da palavra "conhecer". Realmente é este o alvo principal da
lua-de-mel. No namoro e noivado há um conhecimento emocional, espiritual e
mental e, até um certo ponto, físico, mas no casamento o "conhecer" é
total. Isto leva tempo. E o tempo mais importante são justamente as primeiras
semanas.
O marido começa a descobrir o
corpo da sua esposa, conhecer as áreas eróticas, os tipos de carícias que a
excitam mais na preparação para o ato conjugai, no que deve gastar bastante
tempo, antes do ato sexual em si. Naturalmente eu me refiro também à mulher
descobrindo o corpo do homem. Eiste é um "conhecer" maravilhoso, e se
o casal procura este conhecimento antes do casamento, pode acabar num desastre
emocional e mental.
5) A lua-de-mel não deve ser planejada de forma
a aproveitar a viagem para resolver negócios da firma ou ministério. Este é um
tempo tão importante que merece ser cem por cento dos casal. A lua-de-mel que é
adiada para mais tarde não é mais lua-de-mel. Seriam apenas férias de um casal.
Portanto, se você não pode tirar uma ou duas semanas de férias, então espere
até ter algum tempo disponível para casar.
6) É importante verificar sempre que haja
privacidade. Especialmente é importante a esposa saber que a porta está
trancada e que ninguém vai se intrometer. O casal precisa ter aquela plena
segurança de que eles estão sozinhos e que o amor expressado através do ato
conjugai é somente para eles.
7) Uma das coisas importantes a ser lembrada,
não somente na lua-de-mel, mas durante toda a vida conjugai, é a higiene.
Quantas mulheres com as quais tenho conversado não tem tido jeito ou coragem de
comunicar a seus maridos a dificuldade que elas têm em desfrutar a expressão
sexual com eles porque seus maridos não cheiram bem. Nem sempre esse é o
problema da esposa, mas também há maridos que reclamam em alguns casos. Por
isso é necessário tomar banho antes do contato físico. Às vezes, o casal tem o hábito de tomar
banho a certa hora do dia. Provavelmente não há necessidade de tornar outro
antes do ato. Estou simplesmente enfatizando a importância de que haja higiene.
8) Em nossa cultura acha-se que o homem sempre
tem que iniciar o período de despertamento sexual. Provavelmente o homem vai
querer tomar a liderança nesse particular, como ele deve tomar em outras áreas
do casamento. Mas não é necessário que o homem seja o líder. E perfeitamente
possível que a esposa demonstre interesse. Tenho, inclusive, descoberto no meu
aconselhamento que muitos maridos gostariam que suas esposas demonstrassem mais
agressividade. Não existe o certo e o errado nisso. Tudo depende do que o casal
quer. Portanto, há uma grande necessidade de comunicação a esse respeito.
9) Existem três períodos no ato conjugai que eu
quero abordar. Primeiramente, o período do despertamento ou jogo do amor. Esse
período de despertamento é de grande importância. Sem ele o casal não pode
desfrutar o prazer do ato. O período de despertamento varia entre homem e
mulher e, também, de mulher para mulher e de homem para homem. Muitas mulheres podem ser levadas ao ponto
do orgasmo em 10 minutos, outras precisam de 20 a 30 minutos. Mas, o que é
importante é reconhecer — e isto é indispensável para o marido — que a mulher
leva um tempo prolongado para ser despertada a ponto de experimentar o clímax.
O homem se excita rapidamente. Geralmente, o problema dele é se controlar até
sua esposa estar sexualmente preparada.
Eu mencionei anteriormente que
talvez a esposa não vai poder experimentar o orgasmo nas primeiras
experiências, e pode acontecer que o marido tenha uma ejaculação antes de
penetrar na vagina da sua esposa, por falta de experiência e auto-controle.
Essa é mais uma área que exige experiência. Se acontecer alguma coisa errada na
primeira noite, o casal não deve levar isto tão a sério, a ponto de considerar
a experiência um fracasso. Conversar abertamente sobre o assunto pode fazer
muito para aprofundar o amor do jovem casal.
O período de despertamento não
começa na cama. Ele deve começar de manhã, quando o marido beija sua esposa
antes de sair para o serviço. Palavras de carinho durante o dia, ou uma carícia
especial, que ela gosta, preparam o casal emocionalmente para o ato sexual à
noite.
Muitos casais desenvolvem uma
linguagem especial para se comunicar, mesmo quando os filhos estão por perto.
Para a mulher, o ato físico é também um ato muito emocional. Com isto não estou
dizendo que o homem não se emociona. Creio, porém, que haja uma ligação mais
íntima entre a parte emocional e física na mulher do que no homem. Quero dar
uma ilustração disso. Imagine que um casal recém- casado tem a sua primeira
briga de manhã. Mas logo o marido confessa que estava errado, se for o caso,
pede perdão e a esposa diz que o perdoa. Muito bem. Chega a noite, ele quer ter
relacionamento sexual, mas ela não sente desejo. A primeira dedução dele é que
ela não o perdoou. É provável que ela o tenha perdoado, mas encontra
dificuldade em desejar o relacionamento físico. Aquilo que aconteceu de manhã
foi um abalo no estado emocional dela, que ela leva tempo para vencer. O marido
já é bem diferente. Ele pode ser abalado emocionalmente por alguma razão mas aquilo
passa logo, e ele não tem mais qualquer bloqueio para a relação sexual.
Portanto, é fundamental cuidar do relacionamento.
Durante o período de
despertamento, a esposa nunca deve ficar preocupada com o marido, mas deve
concentrar-se no seu próprio despertamento, nas carícias do seu marido. O
desejo do marido deve ser de possuir no bom sentido, conquistar a sua esposa,
enquanto o desejo maior da esposa é render-se ao amor, atenção, carinho e ser
possuída por ele.
O segundo período é justamente
o momento do clímax (orgasmo). Esse é um período de satisfação máxima. Do ponto
de vista dos médicos, está provado que a mulher pode ter até mais orgasmos que
o homem, o que também demonstra que ela é tão sexual quanto ele. É ideal o
casal poder ter o orgasmo junto, mas não há nenhuma regra que diz que tem que
ser assim. Em alguns casos só será possível conseguir o clímax juntos quando o
casal já tiver uma certa experiência. A respeito da posição no ato, eu diria
que tudo é lícito, desde que um não viole a consciência do outro. O que pode
ser agradável para um, pode ser desagradável para o outro.
Portanto há necessidade de
cada um sempre dizer o que pensa e sente, para, depois de alguma experiência,
determinar qual posição traz mais satisfação para os dois — isto é determinado
pelo casal.
Em todo este ato maravilhoso é
tremendamente importante observar o princípio do amor "ágape" (amor
de Deus). Se o amor "ágape" está permeando o amor "eros" (amor
sexual), não haverá problemas de ajustamento porque, "o amor é
paciente, o amor é benigno, o amor não Si conduz inconvenientemente, o amor não
se exaspera, o amor não procura seus interesses, o amor tudo espera, o amor
tudo suporta". Não há lugar no casamento, especialmente nesta área,
para demonstrar egoísmo.
A terceira fase do ato é o
esfriamento. Depois do orgasmo, o marido terá a sensação de saciação e até de
exaustão. Ele deseja dormir, porque usou a sua força física. Mas é importante
que ele saiba que, como sua esposa levou um período mais prolongado para
despertar, também o período de esfriamento é mais longo. Como um alpinista que
sobe a montanha, chega no topo e quer ficar um pouquinho lá, gozando as lindas
paisagens, também a esposa não tem pressa em descer. Nesta hora, a maior
necessidade dela é ser abraçada pelo marido que, com palavras e carícias, deve
demonstrar o seu amor por ela.
Se ele se afastar dela
imediatamente depois do clímax, virar as suas costas e dormir, a maravilha
deste momento é quebrada, como se fosse uma luz que se apaga, e a esposa se
sentirá como se fosse um objeto de prazer nas mãos do marido. Ela até pode
desenvolver sentimentos de hostilidade em seu coração. O marido parece ser um ladrão, que rouba o
corpo e o coração dela e foge. Portanto, marido, cuidado em prolongar o período
de esfriamento.
A esposa também precisa
entender que o marido está cansado e tem desejo de dormir. Em alguns casos o
casal quer repetir este ato mais tarde, depois de ter dormido nos braços um do
outro. Quando se unirem pela segunda vez em uma só noite, geralmente é mais
fácil para o marido prolongar o jogo do amor, porque já houve um alívio sexual
algumas horas antes.
Quero frisar novamente que não
há regras fixas a respeito de comportamento relacionado com a freqüência, a
posição, o lugar, etc. Duas regrinhas, porém, quero mencionar: a primeira é que
o amor ágape precisa permear o relacionamento. A outra é nunca violar a
consciência do outro.
Um casal falou comigo que
depois do ato sexual eles se sentem mais perto do Senhor e tem o desejo de
orar. Outros casais têm-me falado que a oração e sexo não combinam.
Infelizmente eles separam a sua vida sexual da sua vida espiritual. Isto é um
grande erro. Lembre-se: o ato sexual é tão espiritual quanto emocional e
físico. Deus é o Senhor de todas as áreas da nossa vida. Ele quer participar
conosco em todas as nossas experiências, e isto também é
verdade com o
ato maravilhoso do relacionamento físico no casamento.
"Beija-me com os beijos
de tua boca, porque melhor è o teu amor do que o vinho. Suave é o aroma dos
teus ungüentos, como ungüento derramado é o teu nome, por isso as donzelas te
amam" (Cantares
de Salomão 1.2-3).
"Sustentai-me com passas,
confortai-me com maçãs, pois desfaleço de amor.
sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a direita me abrace"
(Cantares de
Salomão 2.5-6).
"Que belo é o teu amor, ó
minha irmã, noiva minha! Quanto melhor é o teu amor do que o vinho, e o aroma
dos teus ungüentos do que toda sorte de especiarias! Os teus lábios, noiva
minha, destilam mel!" (Cantares de Salomão 4.10-11).
"Que formosos são os teus
passos dados de sandálias, ó filha do príncipe! Os meneios dos teus quadris são
como colares trabalhados por mãos de artista. Os teus dois seios como duas
crias, gêmeas de uma gazela. O teu pescoço como torre de marfim, os teus olhos
são as piscinas de Hesbom, junto à porta de Bate-Rabim, o teu nariz como a
torre do Libano, que olha para Damasco" (Cantares de Salomão 7.7 e 3-4).
'Võe-me como selo sobre o teu
coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e
duro como a sepultura o ciúme, as suas brasas são de fogo, são veementes
labaredas" (Cantares de Salomão 8.6).
"Deus de amor, Tu
estabeleceste o casamento para o bem-estar e a felicidade da humanidade. Teu
foi o plano e somente contigo podemos realizá-lo com alegria. Tu mesmo
disseste: 'Não bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe
seja idônea'. Agora nossas alegrias estão duplicadas, pois a felicidade de um é
a felicidade do outro. Nossos fardos agora estão divididos, desde que nós os
compartilhamos. Portanto, Pai, abençoa este marido. A.bençoa-0 como aquele que
vai prover a esposa de alimento e vestuário e sustenta-o em todas as lutas e
pressões na sua batalha pelo pão. Seja a sua força a proteção dela, e o seu
caráter o orgulho dela. Que ele viva de tal maneira que ela encontre nele o
abrigo que o seu coração sempre desejou.
Pai, abençoa também esta
esposa. Dá-lhe uma ternura que a faça
conhecida, um profundo senso de compreensão e uma
grande fé em Ti. Dá a ela aquela beleza interior de alma que nunca desaparece,
aquela eterna juventude que se mantém através dessas qualidades que nunca
envelhecem. Ensina-a que o casamento não é meramente viver um para o outro —
são duas mãos juntas e unidas para servir-Te.
Dá-lhes um grande propósito
espiritual na vida. Que eles possam buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e
a Sua justiça e todas as coisas lhe serão acrescentadas. Que eles não esperem
encontrar um no outro aquela perfeição que pertence somente a Ti. Que eles
estejam prontos a se perdoar nas fraquejas e a valorizar seus prontos fortes,
vendo um ao outro com amor e paciência. Que todas estas coisas sejam feitas de
acordo com a Tua vontade.
O querido Deus, dê a este
casal lágrimas suficientes para conservá-los sensíveis; provações, para
conservá-los humanos, faze-os fracos para conservarem suas mãos atadas às Tuas,
e enche-os de felicidade para que tenham certeza que estão caminhando contigo.
Que eles nunca
desvalorizem o amor de um pelo outro, mas experimentem, ' sempre, o
maravilhoso sentimento que exclama: 'Entre todos os outros deste mundo, você me
escolheu!'
Quando a vida terminar e o sol
se puser, que eles possam ser encontrados, tal como agora, ainda de mão dadas,
ainda agradecendo a Deus um pelo outro. Que eles possam te servir contentes,
fiéis, juntos, até o dia, em que um deles entregue o outro nas Tuas santas
mãos. Isso pedimos por Jesus Cristo, a fonte do verdadeiro amor. Amém!"
Masturbação: pecado ou não?
"Acaso não sabeis que o
vosso corpo é santuário do
Espírito Santo
que está em vós, o qual tendes
da parte de
Deus, e que não sois de vós
mesmos!
Porque fostes comprados por
preço.
Agora, pois glorificai a Deus
no vosso
corpo." (I Coríntios 6.19-20)
Quero dedicar este capítulo ao
assunto masturbação. Quero abrir o jogo para um assunto que tem ficado
encoberto por muito tempo. A Igreja tem evitado uma confrontação aberta sobre
este problema. Nosso silêncio não tem sido cristão. Na verdade, tem sido
covarde e prejudicial. Temos abandonado muitos jovens sinceros à mercê de seus
próprios prazeres, ansiedades e sentimentos de culpa. Nos meus seminários com
jovens brasileiros tenho ouvido perguntas como: "Masturbação é
pecado?", "Faz mal à saúde?", "O que diz a Bíblia a
respeito da masturbação?", "Até que ponto a masturbação é, ou não,
normal para um crente?", "Quando uma pessoa se masturba, está pecando
só com seu corpo?"... Essas são algumas perguntas que representam as
ansiedades, frustrações e dúvidas do jovem.
Uma moça me escreveu um
bilhete em um dos meus seminários com a seguinte pergunta: "Tenho um
problema na minha vida. Comecei a ter relação sexual com 12 anos. Tive uma
série de problemas quando entreguei minha vida ao Senhor. Solucionei meu
problema de sexo ilícito, só que agora tenho me masturbado. O que devo fazer
para parar com isso?".
Nem sempre dar uma resposta
simples, como por exemplo: "A masturbação é pecado e você tem que
largá-la", vai ajudar o jovem que luta com este problema. Ao abordar este
assunto, quero fazer algumas observações gerais; buscar na Palavra de Deus
alguns princípios para que saibamos se este ato á pecado ou não e, ainda, fazer
algumas sugestões sobre como o jovem pode vencer este problema.
Serei bem franco com os
rapazes e moças, porque este é um problema não somente deles mas delas também.
De fato, os rapazes enfrentam mais dificuldades nesta área do que as moças. A
maior razão disso é a dinâmica biológica do impulso sexual do homem.
"Em um jovem sadio cada
testículo produz continuamente espermatozóides e os lança para o epidídimo. O
epidídimo é um tubo em espiral ligado à extremidade superior de cada testículo.
E, na realidade, um reservatório temporário para os espermatozóides. Quando o
reservatório está cheio, o esperma é impelido para fora de cada epidídimo
através dos respectivos canais condutores para dois reservatórios no interior
do corpo chamados vesículas seminais. Quando as vesículas seminais estão
cheias, o impulso sexual da pessoa desperta e precisa ser aliviado. É necessário
dizer que o impulso sexual masculino não é apenas biológico, consistindo em
produção de esperma e alívio posterior. Se esse fosse o caso, como seria triste
a vida tanto para o homem como para a mulher. O impulso sexual masculino é
também mental, emocional e espiritual. No entanto, a dinâmica biológica do
impulso sexual masculino é real. O cristão maduro deve encarar o fato de que a
natureza exige um alívio" (Sexual Understanding Before Marriage — Compreensão do
Sexo Antes do Casamento - Herbert J. Miles).
Talvez surja a pergunta:
"Se a dinâmica biológica do rapaz é diferente da moça, será que este
também é um problema para elas?". Realmente, as moças não têm tanta
dificuldade, falando de modo geral, em conseguir autocontrole sexual. Isso é
verdade especialmente quando comparamos os impulsos sexuais dela com os do
homem. Para o jovem, a sua sexualidade fala bem alto, exigindo expressão. Para
a moça, a sexualidade também é real, mas é algo bem mais profundo no seu ser
durante os dois ou três primeiros anos da puberdade. É somente através de
circunstâncias estimulantes que ela começa a se expressar ou a sentir que é uma
pessoa sexual. Conhecendo este fato, ela precisa começar a manter auto-controle
sexual.
Nas minhas conversas com os
jovens, tenho ficado impressionado com a honestidade e abertura que eles
demonstram em procurar resolver o problema da masturbação. Alguns acham que é
uma doença; outros, que a prática desse ato é fisicamente prejudicial. A
masturbação não é uma doença. E um sintoma, uma dica de um problema emocional
mais profundo. Muitas vezes, o problema básico não é de origem sexual. Este é
simplesmente um sintoma. Geralmente as pessoas trazem, no íntimo, sentimentos
de insatisfação consigo mesmas, bem como, frustrações por causa de desejos e
sonhos não realizados. A tendência da pessoa é tentar satisfazer estes
sentimentos num momento, através de curto prazer sexual. Mas o desejo de
satisfação ou realização não é alcançado, e é precisamente por esta razão que
uma pessoa é tentada a repetir este ato.
Desta maneira, torna-se um círculo vicioso.
Quanto mais insatisfação,
maior a tentação. E quanto mais o jovem se entrega a este prazer, mais ele
experimenta a insatisfação. O jovem se sente cada vez mais apertado pelas
cadeias e por isso vêm as frustrações, os sentimentos de culpa e a derrota na
vida cristã.
Antes de mais nada, quero dar
uma definição deste ato. Masturbação é a estimulação manual dos órgãos genitais
para obter prazer sexual. Outro nome dado é auto-erotismo, isto é, experimentar
prazer sexual sem um parceiro.
Nos meus estudos sobre este
assunto, tenho encontrado basicamente 5 opiniões dos crentes a respeito da
masturbação. Creio que é importante compartilhar estes pensamentos com você.
Primeiramente, do lado conservador, a masturbação é sempre e totalmente
condenável. Nenhuma explicação é dada sobre o porquê de ser uma coisa má. Infelizmente, esta tem sido a opinião de
muitos crentes conservadores. Geralmente as respostas que eles dão aos jovens
que procuram resolver a frustração e agonia deste problema são vulgares e
superficiais, e não ajudam o jovem em nada na solução do problema.
Uma segunda opinião é que a
masturbação é urna coisa errada por não atingir o propósito ideal, ou seja, o
padrão que Deus estabeleceu. O plano de Deus é que duas pessoas casadas
expressem o seu amor mútuo e desfrutem dele através do ato sexual. A
sexualidade é um meio de comunicação com outra pessoa. A masturbação é uma
comunicação consigo mesmo, porque nunca receberá uma resposta. O desejo procura
um quarto vazio e o silêncio é a resposta. Torna-se uma expressão individual.
Não há palavras dirigidas a uma outra pessoa. O coração do homem deseja um
relacionamento com uma outra pessoa, e não simplesmente a satisfação de uma
paixão física.
Uma terceira opinião é que a
masturbação não é boa nem má. É uma questão de liberdade cristã, isto é, cada
indivíduo deve definir-se diante de Deus. Este ponto de vista é moderado. Mas
se uma pessoa aceita ou encara a masturbação deste modo, ela precisa descobrir
alguns princípios bíblicos para que possa formar uma base bíblica e tomar uma
decisão correta.
Do lado mais liberal, há duas
opiniões: a primeira, é que a masturbação é uma maneira legítima de aliviar o
impulso sexual, e a outra, que a masturbação é um dom de Deus que ajuda no
desenvolvimento total da pessoa na sua juventude. Devo dizer também que a maior
parte dos livros seculares apresenta uma dessas duas opiniões como a maneira
certa de encarar a masturbação.
Para que possamos formar uma
idéia bíblica sobre este assunto, que nos dará uma base para tomarmos uma
decisão, eu gostaria de abordar algumas considerações importantes:
1) Nossa sexualidade foi criada por Deus, O
sexo e os desejos sexuais não constituem pecado em si. Nossa sexualidade nos
foi dada como uma bênção de Deus para o bem-estar do homem. Naturalmente,
quando eu falo da expressão sexual ou do desfrutar do prazer do sexo,
estou me referindo ao relacionamento sexual no ato conjugai. E importante
frisar o fato de que Deus nos criou seres sexuais (Gn 1.31). Quando Deus criou
o homem e a mulher, macho e fêmea, o registro de Gênesis diz: "...eis
que tudo era bom... "
2) Uma das perguntas que mais recebo dos rapazes
relacionadas a este ato é: "Será que a masturbação é fisicamente prejudicial?"
Através de
fábulas, estórias e contos o jovem tem sido mal-orientado nesta área da vida.
No passado pensava-se que a masturbação era causadora de impotência, tanto no
homem como na mulher, e também de: loucura, surdez, cegueira, epilepsia,
deterioração do cérebro, olhos fracos, acne e incapacidade de resposta sexual
durante o ato conjugai. Não há base, medicamente falando, para nenhuma dessas
suposições. No entanto, eu tenho descoberto que, em alguns casos extremos, a
prática prolongada deste ato durante a adolescência e início da idade adulta
pode causar alguma incapacidade de resposta no ato sexual.
3) Pode ser que não haja nada
fisicamente prejudicial neste ato, mas certamente ele pode tornar-se um
problema psicológico e espiritual. Quero sugerir pelo menos cinco áreas onde
a masturbação pode ser prejudicial:
Primeiramente, o problema do escapismo,
ou seja, a incapacidade de enfrentar qualquer situação difícil na vida.
Como a droga pode se tornar um meio de escape para não ter que enfrentar uma
circunstância triste ou difícil na vida, também, por alguns momentos de pra2er,
o jovem pode entrar no mundo da fantasia erótica. Naturalmente, esta não é a
maneira de enfrentar um problema emocional ou espiritual. Portanto, a prática
deste ato para levar o jovem a um mundo irreal não é a maneira certa de lidar
com situações reais.
Em segundo lugar, o jovem tem
de lidar com o problema da culpa. Não é possível viver uma vida cristã
vitoriosa sem tratar do sentimento de culpa. Tenho conversado com muitos jovens
que lutam para conseguir vitória sobre o ato da masturbação. Entretanto, um dos
principais problemas relacionados com este ato é o problema da culpa. Ninguém
pode viver com este inimigo sem lidar com ele. Portanto, o jovem tem que chegar
a uma conclusão: é pecado? Se é pecado, ele deve confessá-lo, concordar com
Deus, reconhecendo que a sua culpa está baseada na quebra do relacionamento
entre ele e seu Deus, e procurar o perdão d'Ele. Se não é pecado, então ele
deve aceitar este ato como uma coisa natural da sua vida sexual. Mas, se o
jovem vive com o peso da culpa sobre os seus ombros, algo não está certo,
porque ele nunca poderá desfrutar da vida abundante, da alegria do Senhor e do
poder e ousadia para testemunhar.
Em terceiro lugar, do meu
ponto de vista, a maior dificuldade pela qual devemos lidar com a masturbação
como problema psicológico e espiritual, diz respeito à nossa vida mental. A
masturbação pode ser praticada ao mesmo tempo que se obedece a Mateus 5.28 e
Êxodo 20.17. Em Mateus 5.28 Jesus está como autoridade sobre a lei, e está
reinterpretando a velha lei judaica. O judeu encarava o adultério somente no
ato. Agora, porém, Jesus nos dá não somente a letra da lei, mas o espírito da
mesma, dizendo que o homem pode pecar tanto no ato quanto na mente quanto no
ato Ele nos diz: "Qualquer que olhar para uma mulher com intenção
impura, no coração já adulterou com ela."
É errado alguém se imaginar
numa relação sexual com qualquer pessoa que não a sua esposa ou o seu marido. É
importante observar onde se localiza o adultério: no coração, ou seja, no
centro do ser humano, nos seus propósitos, motivos, vontade e escolhas. Quando
Jesus falou "com intenção impura", obviamente não se referiu a
um desejo sexual ou a uma imagem mental involuntária, ou seja, àquelas imagens que
repentinamente aparecem na mente sem serem produto de um pensamento proposital
ou de uma atividade mental prévia. Este adultério no coração acontece através
de imagens mentais voluntárias, ou seja, aquelas imagens que resultam de
pensamentos intencionais, decisões e escolhas.
Em Êxodo 20.17, um dos 10 mandamentos é:"Não cobiçará a mulher
do próximo."
Para cobiçar alguém ou alguma
coisa, para desenvolver uma imagem "com intenção impura", precisa-se
engrenar a mente. Para ter uma experiência de auto-erotismo, a mente desenvolve
pensamentos propositais, imagens eróticas e fantasias para com alguém.
Considerando o problema da vida mental e a masturbação, o jovem tem de
concordar que este ato se torna um problema emocional e espiritual para ele.
Em quarto lugar, este ato se
torna um problema emocional e espiritual quando chega a ser um hábito a
ponto de exercer controle sobre o indivíduo. Qualquer coisa que se levanta como
"a mais importante" torna-se um ídolo na nossa vida. I Coríntios
6.19-20 afirma que o nosso corpo é o santuário do Espírito Santo. Fomos
comprados por alto preço. Devemos glorificar a Deus através do nosso corpo: "Acaso
não sabeis que o vosso corpo é santuário do espírito Santo que está em vós, o
qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes
comprados por preço. Agora, pois, glorificia a Deus no vosso corpo." (I
Co 6.19-20)
A última área onde a
masturbação pude-se tornar um problema emocional e espiritual é quando ela
viola a liberdade cristã. Em Romanos, capítulo 14, o apóstolo Paulo está
tratando do assunto de coisas duvidosas para as quais não temos uma palavra
específica. Na verdade, a palavra "masturbação" não se encontra na
Bíblia. Como podemos saber a vontade de Deus em situações assim? Paulo nos dá a
conclusão do seu argumento com as seguintes palavras: "Bem-aventurado é
aquele que não se condena naquilo que aprova. Mas o que tem dúvidas; ê
condenado...porque o que faz não provém de fé e tudo que não provém de fé é
pecado. "
As vezes, nossas dúvidas
provém duma bagagem que nós recebemos dos nossos pais ou da igreja. Nem sempre
a razão das dúvidas tem base bíblica. Em outras palavras, nem tudo que nós
recebemos através do ensino dos nossos pais ou da igreja é correto. Portanto,
precisamos examinar as Escrituras para que possamos captar o ponto de vista de
Deus sobre todas as áreas da nossa vida incluindo o assunto da masturbação.
Mas, se depois de te examinado as Escrituras e ter descoberto os princípios
relacionados com este ato, chegarmos à conclusão de que a questão diz respeito
à liberdade cristã, a pergunta que temos que fazer é a seguinte: "Será que
ainda existe alguma dúvida? A minha consciência ainda me condena? Será que
provém de fé?"
Como eu falei anteriormente,
pode ser que a masturbação não seja prejudicial fisicamente, mas emocional e
espiritualmente, ela pode ser um problema. Eu mencionei o problema do
escapismo, da culpa, da nossa vida mental relacionada com este ato, do hábito e
da violação da consciência na área da liberdade cristã. A sua decisão tem que
estar baseada numa séria meditação sobre os princípios mencionados. Mas antes
de você tomar uma decisão, quero fazer ainda mais algumas observações:
4) Conversando com alguns
médicos (crentes e não crentes), descobri que eles recomendam a masturbação em
algumas situações. Recomendam-na para maridos cujas esposas estejam incapazes
de ter um relacionamento sexual normal no casamento, tais como: nos períodos
antes e depois do nascimento do filho, doenças, ciclo menstrual, e para maridos
que estejam separados de suas esposas durante muito tempo por motivo de
trabalho ou outras razões. A idéia básica é que a masturbação é muito melhor do
que a promiscuidade. Os maridos devem praticar este ato para obter alívio
físico, tendo seus pensamentos voltados para a sua esposa. Recomendam-na também
para viúvos e viúvas que, repentinamente, por uma razão ou outra, perderam seu
parceiro, e, consequentemente, terminaram abruptamente uma vida sexual ativa.
5) Creio que é importante dizer alguma coisa
sobre a divina providência para o alívio sexual para o homem, isto é, emissões
seminais noturnas. A dinâmica biológica do homem exige um alívio, como o botão
da panela de pressão que precisa ser tocado para soltar a pressão. Na medida do
possível, o rapaz deve depender destas eliminações noturnas que ocorrem durante
o sono. O Criador deu para o rapaz um impulso sexual, mas deu também um alívio
automático através de um orgasmo sexual, isto é, uma ejaculação de sêmem.
Enquanto estou falando sobre alívio, gostaria de mencionar o uso da sublimação.
Sublimação é o processo de despender ou queimar energia sexual através de
exercícios físicos e mentais; atividades e projetos diversos. Todo jovem deve
ter uma atividade esportiva ou projeto criativo para desviar a sua atenção na
hora da provocação ou estimulação dos impulsos sexuais.
6) Uma das perguntas que os jovens me fazem é:
" O que a Bíblia fala a respeito deste ato?". A palavra masturbação
não é mencionada nas Escrituras Sagradas. Há duas passagens mal-interpretadas
que têm sido usadas por algumas pessoas no passado: Gênesis 38.8-10 e I Coríntios
6.9-11. Na primeira passagem, duas frases são usadas para a condenação deste
ato: "O sêmen caiu na terra" e "isto porém que fazia,
era mau perante o Senhor". Num estudo cuidadoso desta passagem
descobrimos que quando o irmão mais velho de Onã morreu, o seu pai, Judá,
instruiu Onã para que possuisse Tamar, a esposa do irmão morto, e suscitasse
uma descendência para seu irmão conforme a lei do levirato. Quando Onã tinha
relação sexual com Tamar, ele praticava o "coitus interruptus", isto
é, retirava o pênis da vagina na hora do orgasmo, deixando o sêmen cair na
terra. O que desagradou a Deus foi a desobediência de Onã em não cumprir uma
lei que Deus havia dado. Obviamente a masturbação não está envolvida neste
trecho.
Na segunda passagem, I Coríntios
6.9-10, a palavra "sodomitas" tem sido interpretada como
masturbadores. Sodomitas eram as pessoas que moravam em Sodoma. Os sodomitas
eram homossexuais. Por causa da iniqüidade da cidade, Deus a destruiu. Temos o
registro deste acontecimento em Gênesis 19.1-29. Lendo em mente as
considerações prévias, devo concluir que a masturbação é errada quando:
1) Torna-se uma fuga da realidade da vida.
2) Cria um problema de culpa e consequentemente
causa derrota na vida cristã.
3) Quebra o princípio de Mateus 5.28 e o décimo
mandamento.
4) Torna-se um hábito a ponto de exercer
controle sobre o indivíduo.
5) Viola a consciência na área da liberdade
cristã (Romanos 14).
No capítulo 7 eu já abordei
algumas sugestões e atitudes que devem ajudar o jovem no controle dos seus
impulsos sexuais. Quero apenas destacar, mais uma vez, algumas das sugestões
que dei, as quais, poderão ajudar ao jovem a vencer o problema da masturbação.
1) É impossível aplicar qualquer princípio aqui
apresentado sem o poder ou dinamismo do Espírito Santo, o qual nos capacita a
viver de uma maneira sobrenatural. Portanto, tenha certeza de que Jesus Cristo
é o seu Salvador e Senhor pessoal. Este é o ponto crucial, sem o qual não é possível
colocar os outros princípios em prática.
2) Reconheça o conflito que há em você quando
entrega a sua vida ao senhorio de Cristo. Você ainda se lembra da ilustração
dos dois cachorros? Se você alimentar o cachorro preto, que na nossa ilustração
é a velha natureza, certamente ela vencerá em sua vida. Quando estamos
diariamente submetendo a nossa vida à obra do Espírito Santo e
procurando nos disciplinar na obediência da Palavra, Ele cada vez mais nos dará
a vitória.
3) Talvez o ponto mais
importante para vencer o problema da masturbação é o controle da sua mente.
Numa pesquisa que realizei, uma das perguntas que fiz foi a seguinte:
"Quando você é mais tentado a se masturbar?". A opção mais assinalada
foi: "Quando desenvolvo fantasias eróticas na minha mente."
Salomão expressou uma verdade
muito importante, quando disse: "Porque, como imagina em sua alma,
assim ele é". Somos o produto dos nossos pensamentos. Quando seus
pensamentos começam a voar para áreas de fantasias eróticas, imediatamente você
deve rejeitá-los e por no lugar deles pensamentos puros, amáveis, justos, como
apóstolo Paulo nos exorta em Filipenses 4.8-9: "Finalmente, irmão, tudo
o que é verdadeiro. Tudo que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é
puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se
algum louvou existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. O que também
aprendestes e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai, e o Deus
da paz será convosco."
Esta é uma disciplina dura que
não pode ser desenvolvida da noite para o dia.
4) Não se coloque em situações
nas quais você pode ser tentado além das suas forças. A Palavra de Deus nos
promete em I Coríntios 10.13: "Não vos sobreveio tentação que não fosse
humana, mas Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentados
além das vossas forças; pelo
contrário,
justamente com a
tentação, vos provera livramento, de sorte que a fossais suportar. "
Deus é fiel e providenciará um
meio de escape se nossas antenas estiverem ligadas. O nosso problema, às vezes,
é que nós gostamos do pecado e, portanto, andamos na beirinha do barranco, ao
invés de ficarmos em segurança, longe dele. Não fique sozinho por longos
períodos porque, sozinho, Satanás pode facilmente trazer pensamentos à sua mente.
O velho ditado se aplica aqui: "Mente vazia, oficina do diabo".
5) A última sugestão é confessar seus pecados.
Sentir-se acusado e derrotado pelo inimigo somente trará mais derrota e
sentimentos de culpa. Portanto, aproveite a provisão de Deus quando pecar. I João
2.1-2 diz: "Filhi-nhos meus, estas coisas vos escrevo para que não
pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo,
o justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos
próprios, mais ainda do mundo inteiro."
Aceite o perdão que Deus lhe
oferece através da obra de Jesus Cristo na cruz. Perdoe-se a si mesmo e tome o
firme propósito de abandonar este pecado. Não se esqueça: nós lidamos com um
Deus que nos ama e entende perfeitamente todas as nossas lutas e tentações.
"Senhor, estou
atormentado com meus impulsos sexuais. Parece que às vezes perco o controle e
me sinto profundamente angustiado porque sei que Satanás foi vitorioso e o
Senhor ficou triste. Senhor, eu quero viver cada momento com pensamentos puros
e um comportamento agradável aos teus olhos. Sinto, Senhor, como o apóstolo
Paulo, quando ele disse: 'Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de
agir, pois não faço o que prefiro, e sim, o que detesto'. Novamente eu me submeto
ao Teu senhorio. Aceito o sangue de Jesus que me purifica de todo pecado e peço
que Tu me ajudes a dizer 'não' ao inimigo da minha alma. Em nome de Jesus,
amém!"
Homossexualísimo e lesbianismo
"Andemos dignamente, como
em pleno dia, não em orgias e
bebedices,
não em impudicícias e
dissoluções, não em
contendas e ciúmes, mas
revesti-vos do
Senhor Jesus Cristo, e nada
disponhais
para a carne, no tocante às
suas
concupiscências." (Romanos 13.13-14)
Recentemente
a revista Manchete publicou uma pesquisa feita entre jovens paulistas e
cariocas, de 16 a 22 anos, sobre vários aspectos da vida. Quatro perguntas da
pesquisa foram dedicadas ao assunto homossexualismo e do lesbianismo. Uma
questão dizia: "Para você homossexualismo é...". Fiquei assustado com
as respostas dadas a essa questão: 32% dos homens e 39% das mulheres entrevistados disseram que o
homossexualismo é uma opção de vida.
Uma outra pergunta foi:
"Você acha que o homossexualismo deve ser tolerado ou combatido?"
Desta vez, 51% dos homens e 50% das mulheres colocaram que o homossexualismo
deve ser tolerado.
Esta pesquisa revela o quanto
o homossexualismo e o lesbianismo estão sendo aceitos pela sociedade brasileira
como uma "opção de vida". Não devemos nos enganar, pensando que isso
atinge somente as pessoas incrédulas Na verdade, o diabo está colocando essas
tentações também na vida do jovem crente. Por isso creio que há necessidade de
uma breve abordagem deste assunto, esclarecendo os perigos deste comportamento,
mostrando o que diz a Palavra de Deus a esse respeito, e dando algumas
sugestões precavendo o jovem contra as ciladas do diabo em relação a este ato.
Iniciarei com algumas
definições: "Homossexualismo é o estado em que uma pessoa tem desejos
sexuais por alguém do seu sexo. Homossexual é aquele que se sente sexualmente
atraído por alguém do seu sexo em vez de por alguém do sexo oposto. Homossexual
latente é a pessoa capaz de suprimir e controlar os seus desejos e interesses
por alguém de seu sexo. Homossexual patente é o que mantém práticas
sexuais com pessoas de seu sexo. Lesbica é uma mulher homossexual. Quero
fazer algumas observações gerais sobre o homossexualismo:
1) Qual é a atitude de Deus a
respeito deste procedimento? Sem errar, podemos afirmar categoricamente que a
Palavra de Deus condena claramente essa prática como pecado. Com efeito,
Romanos 1.24-27 diz: "Por isso Deus entregou tais homens à imundícia,
pelas concupiscências de seus próprios corações, para desonrarem os seus corpos
entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a
criatura, em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém. Por causa
disso os entregou Deus a paixões infames; porque até as suas mulheres mudaram o
modo natural de suas relações íntimas, por outro contrário à natureza;
semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se
inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com
homens, e recebendo em si mesmo a merecida punição do seu erro. "
Nesse trecho o apóstolo Paulo dá
as razões pelas quais o homossexualismo é pecado. Ele discute o homossexualismo
no contexto de uma civilização que havia voltado suas costas para Deus. Tiveram
tal sucesso em torcer as coisas que o que era "natural" foi mudado
para "não-natural". Provavelmente, ele estava pensando na criação em
Gênesis, onde Deus fez o homem à sua própria imagem, macho e fêmea. Somos
pessoas sexuais e isso é o que é natural. O sexo foi feito para ser gozado
entre macho e fêmea. O homossexualismo não leva os machos a serem machos e as
fêmeas a serem fêmeas, porque macho e fêmea só têm algum significado quando
estão em relacionamento entre si.
Aprendemos algo sobre nós
mesmos e sobre Deus através da maravilhosa atração erótica e do ato sexual
entre macho e fêmea. Nossa identidade verdadeira em Cristo não é homossexual
mas heterossexual. O foco sexual de nossas vidas deve ser o sexo oposto. A
palavra "homossexualismo" não se encontra nas páginas das Escrituras.
O Velho Testamento usa o termo sodomia (Gn 19.4-10; I Rs 14.23; I Rs
15.11, 12; II Rs 23.7; Dt 23.17, 18). Outros termos usados são os seguintes: abominação
(Lv 18.22; Dt 22.5), paixões infames (Rm 1.26, 27), inflam/ar
mutuamente (Rm 1.27), desonraram os seus corpos entre si (Rm 1.24),
eram maus e grandes pecadores (Gn 13.13), por outro contrário à
natureza (Rm 1.26), cometendo torpeza (Rm 1.27), sonhadores
alucinados (Jd 8), seguindo após outra carne (Jd 7), efeminados (I
Co 6.9), impuros, sodomitas (I Tm 1.9,10), uma disposição mental
reprovável (Rm 1.28).
2) É importante frisar que um homossexual não
deve ser condenado por sua tendências homossexuais. Sentir-se atraído por
alguém do mesmo sexo é uma tentação singular e difícil. Mas tentação não é
pecado. Enquanto a pessoa resiste à vontade de colocar em prática os seus
desejos ou de inflamar a sua mente com tais desejos, ela não está pecando.
3) Apesar do homossexualismo ser mencionado com
outros pecados na passagem de Romanos 1.24-32, tais como: avareza, malícia,
inveja, homicídio, contendas, engano, etc, as conseqüências dele para os
indivíduos envolvidos, suas famílias, igrejas e sociedade em geral são muito
mais graves que alguns dos outros mencionados no texto. Esta observação é
importante à luz das muitas justificativas apresentadas em defesa do
homossexual. Naturalmente com Deus não existem níveis de pecado, mas existem
diferenças de conseqüências de certos pecados. É importante lembrar que Deus
destruiu não somente uma cidade, mas uma sociedade por causa deste pecado
específico. O homossexualismo é julgado por Deus como uma abominação.
Referindo-se ao pecado de
Sodoma, Deus usou as seguintes expressões: "Ora, os homens de Sodoma
eram maus e grandes pecadores perante o Senhor." (Gn 13.13)
"Disse mais o Senhor: com
efeito o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicado e o seu pecado se tem
agravado muito." (Gn 18.20). "Pois vamos destruir este lugar, porque o seu clamor
se tem aumentado, chegando até a presença do Senhor e o Senhor nos enviou a
destrui-lo." (Gn 19.13)
Este pecado era tão terrível
que mereceu uma erradicação total, semelhante à destruição do mundo através do
dilúvio.
4) Não há evidências de que o
homossexualismo é devido a causas genéticas. Rejeito a idéia de que algumas
pessoas nascem homossexuais. Creio que existe possibilidade de desenvolver, através
da infância e da adolescência, características femininas (ou vice-versa) ou
tendências de ser atraído pelo mesmo sexo, conforme o ambiente do lar. Por
exemplo, as mudanças de papel do marido e da esposa que estão acontecendo em
nossa sociedade são fatores que contribuem para o crescimento de
características femininas nos rapazes.
Naturalmente, há muitos
problemas emocionais que levam moças e rapazes à prática deste ato. Refiro-me a
famílias desajustadas, cujos filhos são muito inseguros e têm uma baixa
auto-imagem. Mas não podemos cair no erro de justificar tal procedimento porque
a pessoa foi vítima do ambiente.
A Palavra de Deus nos diz que
quando uma pessoa rejeita a lei moral de Deus, "gravada nos seus
corações" (Rm 2.15), tal pessoa se envolve na sensualidade (Rm 1.24).
Em outras palavras, há preponderância nas evidências que sugerem que a maioria
dos casos se deve a fatores psicológicos, sociais e culturais. Creio que esses
fatores são resultados de uma sociedade que tem rejeitado os princípios e
propósitos de Deus.
5) E importante afirmar que
qualquer pessoa envolvida neste comportamento tem possibilidade de conseguir a
vitória. Deus, em Cristo, promete poder para curar doenças, vencer o inimigo e
mudar padrões de vida. Se este último ponto é verdadeiro, e tenho plena certeza
que é, quero compartilhar algumas sugestões e precauções em como obter vitória.
As sugestões e precauções que vou dar são para aqueles que pensam que estão
totalmente isentos desse problema; para aqueles que reconhecem que talvez
tenham algumas tentações nessa área; e para os que já se envolveram na prática
do homossexualismo, ou têm, vez por outra, praticado este pecado.
1) Reconheça que o homossexualismo é sempre
pecado. Cuidado com o mecanismo de racionalização que procurará dar-lhe uma
maneira de se justificar. Reconhecemos que há fatores psicológicos culturais e
sociais que contribuem para que o jovem caia nessa tentação, mas isto nunca
deve ser um motivo de justificativa.
2) Reconheça que mesmo você não está isento deste
pecado. O simples fato de que somos pecadores já é suficiente para dizer que
potencialmente todos nós somos capazes de ter uma vida deturpada. Portanto,
nunca devemos pensar que não é possível cairmos nessa tentação.
3) Esteja atento para não passar muito tempo a
sós com uma pessoa do mesmo sexo. É verdade que, ocasionalmente, o Senhor nos
dá uma amizade que nos supre tão perfeitamente que nos parece brilhar mais que
todas as outras Se você tem um amigo(a) assim louve a Deus por ele (a). Ao
mesmo tempo, tenha cuidado para não ter apenas um (a) único(a) amigo(a) íntimo
(a), mas vários bons(boas) amigos(as). E
na exclusividade desse tipo que ocorrem os perigos que levam à
homossexualidade e lesbianismo.
4) Seja cuidadoso em não demonstrar excessiva
afeição física por pessoas do seu sexo. Muitas vezes, pessoas que têm
dificuldades emocionais e mentais procuram supri-las através de uma amizade
profunda que facilmente pode ser levada a um contato físico anormal.
5) Apesar de ser verdade que ocasionalmente pessoas
casadas adquirem inclinações homossexuais, esse é mais um problema de pessoas
solteiras. Tenha cuidado para não estabelecer um relacionamento muito íntimo
com alguém de seu sexo numa espécie de substituição do companheiro do
casamento.
6) Ore por sabedoria em todos os seus relacionamentos,
especialmente se você suspeita ter traços em sua personalidade que poderiam
criar dificuldades nessa área.
7) Se você perceber que tem inclinações anormais
em relação ao seu sexo, determine a causa tanto quanto o sintoma. A causa,
normalmente, é mais profunda e mais difícil de ser encarada. Talvez seja falta
de confiança, ou um sentimento de rejeição, ou necessidade de auto-afirmação,
ou um sentimento de solidão.
8) Geralmente o socorro mais prático é o mais difícil:
encontrar alguém de sua confiança com quem você possa abrir seu coração e
conversar sobre seu problema. Não esqueça, Deus usa eficientemente pessoas na
nossa vida para nos ajudar na hora da tentação e do pecado.
9) Lembre-se de que Deus o ama e vai perdoar
todos os pecados na área do sexo. Não há pecado imperdoável, a não ser a nossa
própria incredulidade. "O sangue de Jesus nos purifica de todo pecado.
"
10) Desenvolva um estilo de vida que lhe
garantirá a vitória: a) Ande em constante comunhão com o Senhor, tendo todos os
seus pecados confessados. Isto quer dizer, viver cada momento da sua vida pela
graça de Deus; b) Discipline-se num constante estudo e meditação na Palavra de
Deus; c) Desenvolva uma vida constante de oração; d) Esteja em constante
comunhão com outros irmãos na fé cristã. Essa disciplina é indispensável para
uma vida vitoriosa.
11) Observe I Coríntios 10.13: "Lembrem-se,
porém, disso: os maus desejos que penetram na vida de vocês não têm nada de
novo nem de diferente. Muitos outros enfrentaram os mesmos problemas antes de
vocês. E nenhuma tentação é
irresistível. Vocês podem confiar
que Deus impedirá
que a tentação se torne tão forte que não a possam enfrentar, visto que ele
assim prometeu e cumprirá o que diz. Ele lhe mostrará como fugir da tentação
para que vocês possam agüentá-la com paciência. " (NTV)1
12) Um dos valores
incomparáveis do cristianismo é que nunca estamos sozinhos. Temos o Senhor e os
irmãos em Cristo em quem podemos confiar. Somos membros uns dos outros.
Portanto, aproveite os recursos do corpo de Cristo.
"Senhor, louvo-Te pela
minha sexualidade. Através da maravilhosa atração sexual, aprendi coisas
importantes a respeito de minha vida e do Senhor. Senhor, sei que a minha
identidade verdadeira em Cristo não é homossexual, mas heterossexual. O foco
sexual da minha vida deve ser o sexo oposto. Senhor, eu penso que nunca poderia
envolver-me na prática do homossexualismo. Sei, entretanto, que o inimigo é
sutil e reconheço que não estou totalmente isento deste pecado. Senhor Jesus,
ajuda-me a andar em constante comunhão contigo. Quero
sempre ter os
meus pecados confessados
e disciplina-me num constante estudo e meditação da Tua Palavra. Não permitas,
Senhor, que eu ceda à tentação e caia na mão do diabo. Amém"
Novo Testamento Vivo.
Eu AMO você
"Esta edição de 'Eu amo Você' chega aos leitores revisada e mais atual do que nunca ao abordar
assuntos polêmicos como: limites no namoro, masturbação, homossexualidade, insatisfação sexual no
casamento, entre outros...
Há mais de 30 anos ministrando às famílias brasileiras,
Jaime Kemp discorre sobre os assuntos acima com bom humor e sem rodeios, com a
autoridade de quem sabe qual a perspectiva de Deus para relacionamentos
conjugais saudáveis. Um livro indispensável para jovens, pais e educadores de nossos dias.
Jaime Kemp atualmente é diretor do ministério Lar Cristão"
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